Ética pulsional: o circuito em retorno da existência

• Processo: 12/50412-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2013
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2016
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia do Desenvolvimento Humano
• Pesquisador responsável: Peter Pál Pelbart
• Beneficiário: João Perci Schiavon
• Instituição Sede: Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Sublimação
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Acontecimento Clinico | Acontecimento Literario | Etica Pulsional | Grau De Existencia | Sinthoma | Sublimacao

Resumo

O enunciado lacaniano de que o estatuto do inconsciente é ético, e não ôntico, impõe atualmente revisões quanto à sua extensão e quanto às suas implicações clínicas. A identificação ao sinthoma (usando essa grafia para distinguir dos sintomas que podem ser analisados, decifrados) como critério de final de análise (e portanto seu alvo) se inscreve no âmbito dessas revisões. A minha pesquisa, problematizando esse critério desde uma perspectiva pulsional, propõe uma nova revisão daquele enunciado, o alvo analítico não sendo mais o sintoma primordial, mas a sublimação, entendida como destino originário da pulsão. Essa revisão sustenta, ademais, que sempre terá sido assim, apesar dos desvios e obscuridades que até hoje se insinuam no tratamento do campo analítico. Uma distinção se toma incontornável: responsabilizar-se (eticamente) pelo sinthoma (o "osso", na expressão de J. A Miller) e pelas estranhezas do inconsciente não é a mesma coisa que exercer a ética do inconsciente, não se confunde com o exercício da pulsão. Esse exercido, ele mesmo de consistência ética, gradua a cada vez a existência e a condição de escolha. O primeiro caso não é revogado pelo segundo, mas é relido e direcionado por ele. Tal reordenamento ético da análise provará sua consistência na aplicação clínica. Para tanto, investigarei analiticamente o acontecimento literário e clínico que leva o nome de Wilson Bueno. (AU)