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A distinção real cartesiana e a possibilidade da união substancial e interação entre alma e corpo

Processo: 13/25335-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2014
Data de Término da vigência: 01 de novembro de 2017
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - Metafísica
Pesquisador responsável:Eneias Junior Forlin
Beneficiário:Ednaldo Isidoro da Silva
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):15/27024-2 - O aporte metafísico presente na noção de paixões da alma, nas verdades eternas e nos princípios lógicos, BE.EP.DR
Assunto(s):Filosofia moderna   História da filosofia   Substância   Alma   Corpo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Descartes | distinção real entre corpo e alma | Interação | Substância | União Substancial | História da Filosofia Moderna

Resumo

Neste protejo de pesquisa, pretendendo demonstrar a possibilidade (legítima) da união substancial a partir da distinção real, interpretamos que Descartes concebe corpo e alma como substâncias autônomas porque têm raízes diferentes e, principalmente devido aos seus interesses científicos, diz que a alma e o corpo são princípios de si mesmos. Ser substância é ser cada uma de uma raiz diferente. Se não for radical, não é substância e não há distinção real. Todavia, mesmo sendo uma distinção radical, ela não impossibilita a união substancial nem esta a anula. Orientados por Forlin, desejamos mostrar que é preciso não confundir radical (de raiz) com contradição entre os seres, ou seja, não confundir exclusão que uma substância faz de sua natureza com a exclusão do ser. Corpo e alma não são "ser" e "não-ser", matéria e anti-matéria um do outro: o pensamento é imaterial e nunca será material, e não que seja anti-matéria; o corpo é material e nunca se espiritualizará, e não que seja anti-espiritual. E valendo-nos também das Respostas às Objeções e das Cartas à Regius e a Elizabeth, criticaremos I) Gouhier e Gueroult, para quem a teoria da distinção real gera a impossibilidade de direito de corpo e alma se unirem e interagirem, fato possível unicamente porque Deus é todo poderoso e opera este milagre contrariando a distinção real; II), Cottingham e Kambouchner que apoiando-se nas cartas à Elizabeth (e a Regius) dizem que a teoria das noções primitivas é crucial e revolucionária na metafísica de Descartes: Cottingham conclui que, no composto substancial, o dualismo acaba à medida que as sensações são o terceiro aspecto distinto do homem além do pensamento e da extensão - donde surge o trialismo cartesiano; Kambouchner diz que sendo impossível explicar a união com a distinção real e conceber como substâncias distintas podem interagir, Descartes teria cedido ao hilemorfismo aristotélico. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
SILVA, Ednaldo Isidoro da. A teoria cartesiana da substância e a possibilidade de direito da união substancial entre alma e corpo. 2018. Tese de Doutorado - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Campinas, SP.