Morfologia celular e desenvolvimento epitelial do rúmen de fetos bovinos e bezerros recém-nascidos

• Processo: 14/16677-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2014
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2015
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Medicina Veterinária
• Pesquisador responsável: Francisco Javier Hernandez Blazquez
• Beneficiário: Letícia Palmeira Pinto
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Morfologia animal Rúmen Imuno-histoquímica Bezerros
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: bezerro recém nascido | feto bovino | imunohistoquimica | Morfologia | Rúmen | Morfologia e imunohistoquímica

Resumo

O estômago de ruminantes é um órgão complexo subdividido em quatro compartimentos: o rúmen, o retículo, o omaso e o abomaso, sendo que os três primeiros formam os pré-estômagos ou pró-ventrículos. Os pré-estômagos possuem um papel importante na fisiologia digestiva dos ruminantes, pois consistem no local onde processos físicos e bioquímicos relacionados à ruminação ocorrem e, particularmente, onde bactérias simbióticas realizam uma atividade intensa de fermentação através de digestão de celulose. Além disso, cada um dos três compartimentos possui sua própria característica, responsável por mecanismos de ruminação essenciais. Durante o terceiro mês de gestação, os tamanhos relativos dos quatro compartimentos do estomago bovino no feto são comparáveis com aos observados no adulto. Posteriormente, porém, o abomaso se desenvolve um uma alta taxa e ao nascimento é responsável por cerca de metade do volume total do estômago. Isto acontece porque o abomaso é necessário para fazer uso da dieta líquida durante as primeiras semanas após o nascimento; os líquidos desviam do rúmen, retículo e omaso por meio da goteira esofágica para ganhar acesso direto ao abomaso. Com a mudança na dieta de líquidos para sólidos, o rúmen, retículo e omaso se tornam funcionais e aumentam de tamanho. O estudo de proteínas de junção se faz necessário para um maior entendimento das funções e comportamentos célula-célula do rúmen durante o seu desenvolvimento fetal e no bezerro recém-nascido. A família das caderinas, consistindo em uma série de glicoproteínas transmembrânicas de cadeia única com estruturas e funções similares, é a principal responsável por mediar adesões intercelulares de homotipos cálcio-dependentes. O intuito do presente trabalho é avaliar a morfologia celular do rúmen de fetos bovinos e bezerros recém-nascidos, focando a estrutura do epitélio ruminal, membrana basal e morfometria celular, uma vez que o rúmen é um órgão de extrema importância para essa espécie animal, pois ele é um órgão que passa por modificações fenotípicas e fisiológicas durante o seu desenvolvimento. Para tanto, serão realizadas técnicas de histologia e coloração, assim como imunohistoquímica para PCNA e E-caderina. (AU)