A presença do ausente: as presentificações intuitivas da fantasia e da rememoração em Husserl

• Processo: 15/04644-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2015
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2016
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
• Pesquisador responsável: Marcus Sacrini Ayres Ferraz
• Beneficiário: Thiago Pignata Carezzato
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Fantasia Fenomenologia (filosofia) Consciência (percepção) Rememoração mental
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Edmund Husserl | Fantasia | metafísica da presença | presentificações | Rememoração | Fenomenologia

Resumo

A presente pesquisa tem por finalidade problematizar a crítica recebida por Husserl quanto a seu pertencimento à "metafísica da presença", isto é, quanto à hipostasiação e supremacia, no método fenomenológico, da intuição presentante originária que doa em-carne-e-osso. Pretende-se relativizar o papel da presentação perceptiva, à qual, segundo essa interpretação, todos os outros modelos de intencionalidade acabam por se submeter. Para tal, analisaremos as partes III e IV do curso de 1904/1905, além de textos acerca da consciência do tempo reunidos na Husserliana X. Trataremos especificamente das presentificações intuitivas da fantasia e da rememoração, na medida em que elas são grandes exemplares de uma intencionalidade autônoma e não fundada na presença originária da percepção. A intencionalidade presentificante e intuitiva, enquanto traz à presença novamente algo que já foi presente mas que é atualmente ausente, aponta para o desvelamento de um nível constitutivo distinto do nível imanente constituído da percepção. Buscaremos mostrar que é em razão de uma diferença quanto à temporalidade que se faz necessária a incorporação das presentificações intuitivas a um nível constituinte. Esta pesquisa visa então repensar, a partir disso, as relações de fundação entre as intencionalidades presentificante e presentante, bem como as consequências para o fazer fenomenológico que trazem as novas caracterizações da rememoração e da fantasia. (AU)