Arquitetura da violência uma cartografia forense das violações dos direitos humanos do povo Kinja durante a Ditadura Militar no Brasil

• Processo: 16/06360-7
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2016
• Data de Término da vigência: 16 de fevereiro de 2017
• Área de conhecimento: Interdisciplinar
• Pesquisador responsável: Leandro Silva Medrano
• Beneficiário: Paulo Roberto Carvalho Tavares
• Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Arquitetura Direitos humanos Ecologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: ambiente | arquitetura | Conflito | Direitos Humanos | Ecologia | planejamento | história e fundamentos da arquitetura e do planejamento

Resumo

O projeto de pesquisa Arquitetura da Violência pretende resgatar a história de violência e violação de direitos humanos cometidas contra o povo Kinja durante o regime militar no Brasil. Nos anos 1970 e 1980, durante a construção da rodovia BR-174 e da hidrelétrica de Balbina no território tradicional dos Kinja, norte da Amazônia, a população indígena foi reduzida em cerca de 90%. Partindo-se do entendimento de que os designs destes projetos e seus impactos ambientais estão diretamente implicados neste processo de extermínio, busca-se descrever a dimensão espacial, propriamente "arquitetônica" da violência. Utilizando-se das ferramentas e metodologias do campo da arquitetura forense, uma disciplina emergente que lida com as relações entre direitos humanos e conflitos espaciais, a pesquisa visa construir um corpo de evidências sobre o caso do povo Kinja, principalmente através de estudos cartográficos elaborados com novas tecnologias de sensoriamento remoto. A documentação e análise destas evidências históricas e espaciais contribuirá para o processo de esclarecimento histórico iniciado com a investigação realizada pela Comissão Nacional da Verdade em 2012-2013, cujo legado ainda foi pouco explorado. (AU)