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A eudaimonia na ética aristotélica

Processo: 16/15726-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2017
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2017
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Fernando Maciel Gazoni
Beneficiário:Fernando Maciel Gazoni
Pesquisador Anfitrião: Benjamin Morison
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Princeton University, Estados Unidos  
Assunto(s):Filosofia antiga   Aristóteles
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Aristóteles | ética aristotélica | eudaimonia | filosofia antiga | História da Filosofia | Intensionalidade | Filosofia antiga

Resumo

Frege, no seu "Sobre sentido e referência", assinala que a finalidade é um pensamento (Gedanke), ou seja, que finalidades são intensionais. Esse fato, entretanto, parece nunca ter sido levado efetivamente em conta no estudo da ética aristotélica, uma ética, como se sabe, marcadamente teleológica. Assim, por muito tempo pode-se afirmar que o argumento de abertura do capítulo 2 do livro I da Ética Nicomaqueia (1094 a18 - 22) é um exemplo da falácia da inversão dos quantificadores (quantifier-shift fallacy), a mesma falácia presente na seguinte inferência: já que todos os rapazes amam uma garota, há uma garota (Raquel, por exemplo) que todos os garotos amam. Na sua versão aristotélica, a inferência seria: já que todas as ações levam a um fim, há um fim (a eudaimonia) e que todas as ações levam. Entretanto, se levarmos em conta o caráter intensional do conceito de finalidade, o argumento se reconfigura: se todos os rapazes que amam uma garota têm como finalidade conquistá-la, há uma finalidade que todos os rapazes têm, conquistar sua garota amada. O presente projeto de pesquisa pretende analisar o conceito de eudaimonia levando em conta seu caráter não extensional e propor sua reinterpretação, o que implica, inclusive, uma reconfiguração do debate entre as versões inclusivista e dominante do conceito.

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