Diálogos e interpelações entre a reforma psiquiátrica brasileira e a psicanálise: efeitos e desdobramentos na prática psicanalítica hoje

• Processo: 16/18450-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2017
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2017
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia
• Pesquisador responsável: Gustavo Henrique Dionisio
• Beneficiário: Lucas Bernardi
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
• Assunto(s): Psicanálise Direitos humanos Saúde mental Reforma psiquiátrica Análise do discurso
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Direitos Humanos | Psicanálise | reforma psiquiátrica | Saúde Mental | Saúde Mental

Resumo

Haja vista a presença imponente do saber médico no setor da saúde - que opera tomando por base um conjunto de comportamentos supostamente prevalecentes e a decorrente patologização do que foge à normatividade imposta, o movimento brasileiro de reforma psiquiátrica consistiu em uma mobilização de resistência à lógica médico-centrada, trazendo uma perspectiva nova que fugisse das determinações acerca da "doença mental" até então dominantes. Anteriormente a tais mobilizações, Sigmund Freud elaborava no início do século XX sua teoria, a psicanálise, a qual se norteava pelo conceito de inconsciente - instaurando no campo da saúde mental um novo modo de operar sobre o sofrimento psíquico do sujeito, e isto por meio de um paradigma que escapa da perspectiva racionalista da qual a medicina, e em especial a psiquiatria, faz uso. Tendo esses elementos em vista, buscaremos traçar um paralelo entre o movimento de reforma psiquiátrica e a transmissão da psicanálise no Brasil, tendo como base o eixo Freud-Lacan, ou, mais precisamente: a partir da realização de entrevistas semiestruturadas com psicanalistas que referem estabelecer essa ponte, trata-se de investigar a existência de uma influência da reforma psiquiátrica na prática clínica desses profissionais que dela teriam participado diretamente. Com isso feito, através de uma modalidade de análise do discurso, procuraremos vislumbrar em que medida ambas dialogaram entre si, e os possíveis desdobramentos daquele movimento de reforma na prática psicanalítica tendo como ponto de partida a coleta de dados feita com uma amostra de profissionais. (AU)