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Uma análise histórica do filme Crônica de um Industrial (L. Rosemberg Filho, 1978)

Processo: 17/10370-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2017
Data de Término da vigência: 28 de janeiro de 2018
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Mariana Martins Villaça
Beneficiário:Izabella Cardoso da Silva Campagnol
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Assunto(s):Cinema marginal   Crítica cinematográfica   Censura   Governo militar   Esquerda (ideologia política)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Censura | Cinema Marginal | Derrota da esquerda | Regime Militar Brasileiro | História e Cinema

Resumo

A presente pesquisa pretende analisar historicamente o filme Crônica de um industrial (1978), de Luiz Rosemberg Filho. A obra foi alvo de rigorosa censura em um momento no qual este controle, no meio cinematográfico, vinha se mostrando menos incidente. O filme traz importante discussão sobre o sentimento de derrota política da esquerda e dialoga explicitamente com alguns debates vigentes no Brasil do período, que mobilizavam conceitos como subdesenvolvimento, desenvolvimentismo e dependência econômica. Alegórico, trata da crise de consciência de um industrial que, na meia-idade e vivendo no país fictício de San Vicente, rememora sua trajetória de militante de esquerda e vive a falência de seus negócios. Nossa análise pretende perceber como o filme dialoga com algumas teses sobre a derrota da esquerda, dentre as quais aquela que viria a ser chamada de Teoria dos dois demônios, segundo a qual, tanto a esquerda quanto as Forças Armadas teriam sido responsáveis pela vitimização da sociedade civil no pós-golpe militar, bem como pela repressão e pelos abusos cometidos, caso da tortura, também representada em Crônica de um industrial. Identificado ao chamado "cinema marginal brasileiro" foi parcialmente financiado pela Embrafilme, empresa estatal. Desta forma, a partir do levantamento e investigação de algumas questões históricas presentes na obra, e em sua relação com a sociedade e com os debates de época, pretendemos também analisar as tensões envolvidas no contexto de sua produção, procurando entender sua relação com as discussões políticas e econômicas do momento, o impacto da censura, a reação da crítica e o discurso que esta, e o próprio cineasta, constroem sobre a obra. Partimos da hipótese de que esse filme apresenta densidade de discussão e amplitude de temas relevantes para a compreensão daquele momento histórico de início de abertura democrática no Brasil. (AU)

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