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O ritmo da letra: marcas da oralidade no manuscrito e na primeira edição de Esaú e Jacob, de Machado de Assis

Processo: 17/12253-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2017
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2020
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Brasileira
Pesquisador responsável:Hélio de Seixas Guimarães
Beneficiário:Luciana Antonini Schoeps
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Oralidade   Machado de Assis   Manuscritos
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Auditividade | Esaú e Jacob | Machado de Assis | manuscrito | oralidade | Machado de Assis

Resumo

O presente projeto tem como objetivo analisar a presença da auditividade e da oralidade, aprofundando a problematização em torno da questão da voz e do corpo na literatura de Machado de Assis, por meio do estudo de elementos presentes no manuscrito e na versão publicada em 1904 do romance Esaú e Jacob. Dessa forma, pretende-se observar como a presença de anedotas e de suas características, a quebra com a lógica sintático-argumentativa e certo ritmo frasal de sua escrita - elementos presentes tanto na obra publicada como nas rasuras de seu manuscrito, guardado na Academia Brasileira de Letras - podem contribuir para a compreensão da tensão existente em sua prosa entre o oral e o escrito, vislumbrada a partir das noções de auditividade, de Luiz Costa Lima, e de oralidade, de Henri Meschonnic. Tal aspecto da obra de Machado, apesar de ter sido brevemente apontado por autores como Marília Librandi-Rocha, Mattoso Câmara Jr., Peregrino Jr. e o próprio Luiz Costa Lima, não foi ainda desenvolvido de maneira aprofundada, nem confrontado com as reflexões de vertente francesa ligadas à noção de oralidade. Assim, busca-se investigar uma possível correlação entre essas noções, na direção de um aprofundamento da reflexão no que concerne à construção de sentido do romance, buscando entrevê-la a partir de uma concepção que une som e sentido, reconfigurando o binômio oral-escrito a partir da ideia de Meschonnic segundo a qual da oralidade e do ritmo constituiriam um modo próprio de significar, mas sem perder de vista a enunciabilidade da obra machadiana, gerada em um contexto de cultura fortemente oral, como era o caso do Brasil entre os séculos XIX e XX.

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