Efeitos da Mucuna pruriens sobre a atividade neuronal de áreas do sistema nervoso central

• Processo: 17/05713-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2017
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2018
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Fisiologia
• Pesquisador responsável: Isabel Cristina Céspedes
• Beneficiário: Breno Néglia Armenini
• Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Mucuna Levodopa Sistema nervoso central Neurofisiologia Modelos animais
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Ayurveda | Deltafosb | levodopa | mucuna pruriens | Sistema Nervoso Central | Neurofisiologia

Resumo

Vários estudos têm mostrado que a medicina Ayurvédica - medicina indiana milenar - é utilizada no tratamento de diferentes doenças ou aspectos relacionados à saúde ou bem-estar, e possui diversos efeitos terapêuticos. A Mucuna pruriens (MP) é uma leguminosa, proveniente da família Fabaceae, cultivada em regiões tropicais e originária da Índia. Seus principais componentes terapêuticos são a L-Dopa, a 5-hidroxi triptamina (serotonina) e a 5-metoxi-N, N, dimetil triptamina. Estudos demonstraram algumas propriedades medicinais desta planta, e a sua utilização tem sido proposta especialmente no tratamento da doença de Parkinson (DP). Preparações feitas com partes da MP são utilizadas como suplemento afrodisíaco (comercializado atualmente) e otimizador da atenção. Em pesquisas foram demonstradas as propriedades neuroprotetora em modelos para DP, hipoglicêmica em modelo para diabetes, hipolipidêmica, anti-inflamatória, androgênica, estrogênica, diurética e como protetor contra os danos da picada de cobra. Apesar da MP ser uma percursora da dopamina (fonte natural de L-dopa) e ter efeito antidepressivo comprovado em modelo experimental, não foi descrito ainda quais os efeitos da MP sobre os diversos circuitos neurais envolvidos nas respostas comportamentais e emocionais, e na própria circuitaria dopaminérgica de áreas motoras e límbicas. Também foi demonstrada que a suplementação com MP diminuiu o estresse em humanos, mas apesar disso não se sabe quais áreas da circuitaria de estresse são moduladas pela MP. Todos os possíveis efeitos descritos anteriormente podem estar relacionados com o potencial terapêutico da MP, e neste sentido este estudo objetiva verificar os efeitos da MP sobre a ativação neuronal de áreas específicas do Sistema Nervoso Central (SNC) de ratos Wistar, através da administração de seu extrato em concentração de 200mg/kg/dia via gavagem, em um protocolo com duração de três semanas. Assim, oito animais (Grupo MP) receberão o extrato, e concomitantemente a isso haverá um grupo controle também com oito animais (Grupo CO) totalizando dezesseis animais no estudo. Pelo fato da ação dopaminérgica relacionada com circuitos motores ter sido descrita em pesquisas para DP, os animais passarão pelo teste de Campo Aberto e de Labirinto em Cruz Elevado para estudo da atividade locomotora que também permitem a análise da ansiedade patológica. Para análise dos efeitos da MP sobre áreas do SNC será utilizado o método de imunoistoquímica para proteína DeltaFosB, que demonstra os níveis de ativação neuronal em resposta a estímulos crônicos, em áreas relacionadas com as respostas neurofisiológicas decorrentes do tratamento. (AU)