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Ille ego/Ille deus: autoridade poética e autoridade política nos Tristia e Epistulae ex Ponto de Ovídio

Processo: 19/08229-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2019
Data de Término da vigência: 16 de março de 2020
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Línguas Clássicas
Pesquisador responsável:Alexandre Pinheiro Hasegawa
Beneficiário:Cecilia Marcela Ugartemendía
Supervisor: Joseph A. Farrell Jr.
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: University of Pennsylvania, Estados Unidos  
Vinculado à bolsa:17/01934-8 - A relegatio como reflexão poética: poetologia e autorecepção em 'Tristia' e 'Epistulae ex Ponto', de Ovídio, BP.DR
Assunto(s):Autoridade   Poesia   Exílio
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:autoridade poética | autoridade política | deificação | Epistulae ex Ponto | Ovídio | Tristia | poesia augustana

Resumo

O objetivo deste projeto é analisar a dicotomia autoridade poética / autoridade política nos Tristia e nas Epistulae ex Ponto. A ousada deificação de Augusto por parte de Ovídio é meio para rebaixar a imagem do princeps com vistas a elevar a própria, confrontando a auctoritas de cada um. A autoridade de Ovídio é apenas poética e seria incorreto supor uma oposição de fato. O que Ovídio busca mediante esse confronto é reforçar sua imagem como poeta e defender a reputação de sua carreira, drasticamente danificada - como pode-se supor - após a condenação à relegatio feita pelo próprio princeps. O procedimento de divinização de uma figura poderosa não é novo na poesia augustana. Porém, a novidade trazida por Ovídio encontra-se nas características pessoais do divino Augusto. Embora em Horácio e Virgílio também se equipare Augusto a uma divindade, Ovídio apresenta Augusto como um deus vingativo e irado. O objeto deste projeto apoia-se no capítulo de McGowan (2009) "God and man", que estuda a assimilação de Augusto a Júpiter na poesia de Ovídio e comenta sobre a deificação do princeps em Horácio, Virgílio e Propércio. Todavia, a pesquisa de McGowan não destaca o fato de que o tratamento de Virgílio e Horácio é diferente daquele dedicado a Ovídio, essencialmente no tom lisonjeiro nas obras dos primeiros poetas. A partir disso, delimitarei minha pesquisa na representação de Augusto como um deus na poesia do exílio de Ovídio, em oposição à deificação de Augusto em Virgílio e Horácio. Em primeiro lugar, analisarei o tratamento de Virgílio e Horácio sobre a divinização de Augusto, além de discutir as várias interpretações feitas pelos críticos. Em um segundo momento, desenvolverei a deificação de Augusto na poesia do exílio ovidiano, considerando o contexto histórico em que Ovídio escreve e sua situação como relegatus, para enfatizar as diferencias com os autores anteriores. Com isso, espero elucidar como a imagem negativa do Augusto deificado presentada por Ovídio nos poemas do exílio é uma estratégia poética para a construção da autoridade poética do relegatus. (AU)

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