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Ninfa em flor: as pernas, o enigma, os bailados quentes de Carlos Drummond de Andrade

Processo: 19/17432-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2019
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2023
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Teoria Literária
Pesquisador responsável:Roberto Zular
Beneficiário:Maura Voltarelli Roque
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):21/13507-2 - Ninfa em transe: o estatuto político do desejo, BE.EP.PD
Assunto(s):Crítica literária   Imagem   Artes visuais   Ninfa   Historicidade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:artes visuais | Carlos Drummond de Andrade | Historicidade | Imagem | ninfa | poesia moderna e contemporânea brasileira | crítica literária

Resumo

Este projeto de pesquisa tem como objetivo pensar as figurações da Ninfa - entendida enquanto forma feminina em movimento - na obra de Carlos Drummond de Andrade. A partir da sobrevivência dessa imagem vinda da antiguidade pagã e das suas metamorfoses na poesia de Drummond, pretendemos problematizar o lugar que tal obra ocupa em nossa historiografia literária, vendo-a não como encarnação e expressão máxima da ideologia modernista marcada pela ruptura entre diferentes momentos históricos, mas sim como uma obra que talvez seja das mais complexas de nossa literatura, na qual o impulso rumo ao novo convive com toda sorte de anacronismos e sobrevivências. No lugar de superações e oposições, parecem se insinuar nas imagens poéticas de Drummond vínculos insuspeitados, enlaces de tempos que apontam para uma historiografia menos linear e mais sintomática. A Ninfa nos propõe, neste sentido, um modelo trans-histórico que implode os muros, os esquemas, os estilos, as identidades, abrindo caminho para pensar a obra de Drummond não como uma obra bem resolvida e acabada em si mesma, e sim como uma obra-acidente, atravessada por inquietudes fundamentais, mostrando-se errante, convulsiva, esquiva feito Ninfa. O desejo erótico, do qual a Ninfa é imagem, surge, em nossa hipótese, como uma espécie de rio subterrâneo a atravessar toda poesia de Drummond, assumindo diferentes posições nos três movimentos que propomos em nossa hipótese de leitura da obra drumondiana. Ao desejo "sequestrado" em um primeiro momento, restou a opção de se disfarçar, se deformar, se desfigurar, até que, na deflagração da crise, tal desejo acorre sutilmente à superfície, preparando um gesto poético visível nos últimos livros de Drummond que restitui ao erotismo seu estatuto político.

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