Biologia e nicho de células tronco espermatogoniais: a chinchila (Chinchila lanigera) como modelo experimental em mamíferos

• Processo: 19/20366-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2019
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2021
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Medicina Veterinária - Reprodução Animal
• Pesquisador responsável: Rafael Henrique Nóbrega
• Beneficiário: Fernando Shigeo Kurimori Perin
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
• Assunto(s): Espermatogênese Espermatogônias Células-tronco Células somáticas Chinchila
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Célula de Leydig | Célula de Sertoli | celula tronco | chinchila | espermatogênese | espermatogônia tronco | Biologia da Reprodução

Resumo

A chinchila-de-cauda-longa é um roedor endêmico encontrado na região dos Andes, na América do Sul, e considerada criticamente ameaçada devido ao uso de sua pelagem no mercado de peles. No entanto, existem poucos trabalhos na literatura acerca da biologia reprodutiva desta espécie. Dentre os trabalhos existentes, foram realizadas na UFMG e sob a coordenação do supervisor da presente proposta a investigação de aspectos morfofuncionais básicos do testículo, em particular àqueles referentes ao desenvolvimento testicular pós-natal e a espermatogênese deste roedor (Leal & França 2008, 2009). Nestes estudos, foram observados que a puberdade em chinchilas machos acontece aos 3 meses de idade, enquanto a maturidade sexual ocorre apenas aos 17 meses, sendo este intervalo proporcionalmente o mais longo dentre espécies de mamíferos já investigados. Outro aspecto inédito observado foi que o número total de células germinativas por secção transversal de túbulo seminífero, bem como a eficiência das células de Sertoli e produção espermática diária aumentaram continuamente no período entre a puberdade e a maturidade sexual, sem aumento correspondente do número de células de Sertoli por testículo, do coeficiente de eficiência das mitoses espermatogoniais e do índice meiótico, que são parâmetros clássicos para se avaliar a eficiência espermatogênica em mamíferos. Desta forma, foi hipotetizado que estes importante achados possivelmente estariam relacionados ao surgimento de novos nichos/clones de espermatogônias tronco. Neste sentido, torna-se bastante instigante a caracterização destas espermatogônias em chinchillas, bem como se avaliar a regulação funcional do ambiente (nichos) onde elas se encontram pelas células somáticas (células de Sertoli e de Leydig) testiculares. Investigações estas muito importantes para a melhor compreensão do estabelecimento e da eficiência da espermatogênese em mamíferos e mesmo em vertebrados. Portanto, a presente proposta tem como principais objetivos a avaliação funcional das espermatogônias tronco e a caracterização do nicho destas células durante o desenvolvimento pós-natal, utilizando-se técnicas histomorfométricas, imunohistoquímicas, moleculares e ultraestruturais, dentre outras. A nossa expectativa é a de que, usando a chinchila como modelo experimental, os resultados encontrados possibilitem a melhor compreensão da biologia das espermatogônias tronco em mamíferos, podendo também propiciar novos conhecimentos que sirvam de base para aplicações clinicas envolvendo a restauração da fertilidade em pacientes inférteis ou em risco de perder a fertilidade. (AU)