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Memórias indígenas, família e diferença no Semiárido piauiense

Processo: 19/00395-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de março de 2020
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2020
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia Rural
Pesquisador responsável:Ana Claudia Duarte Rocha Marques
Beneficiário:Camila Galan de Paula
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Família   Parentesco   Memória   Povos indígenas   Zona semiárida   Piauí
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:familia | memória | Parentesco | Piauí | SemiÁrido | Família e parentesco

Resumo

A historiografia tradicional sobre o Piauí construiu a imagem de um estado sem índios: foram exterminados nas guerras contra os luso-brasileiros ou integraram-se à sociedade nacional até as primeiras décadas do século XIX. Somente nos anos 2010 iniciaram-se críticas a essa imagem da ausência indígena no estado, fomentadas pelos movimentos de reivindicação étnica iniciados na mesma década, bem como por uma aproximação a revisões do estudo da história indígena ocorridos desde meados dos anos 1980 no país. Os mesmos historiadores piauienses que aderem à ideia de um estado sem índios escrevem acerca da formação da família rural piauiense ou do homem sertanejo, constituídos da mistura entre europeus, negros e índios iniciada no período colonial. À imagem de um sertão habitado por sertanejos, gente misturada, contrapõem-se os referidos movimentos de reivindicação étnica no Piauí. No contexto das relações interétnicas, mas também para além delas, como as pessoas que vivem no semiárido piauiense perscrutam e constroem relações de alteridade e de semelhança que diferenciam comunidades? E, ainda, qual a linguagem utilizada nesses processos de construção de diferença? Mais especificamente, pergunta-se de que modo as memórias de antepassados indígenas informam a constituição de diferenças entre coletivos no caso de contextos em que não parece haver reivindicação étnica. Trabalha-se com a hipótese de que as memórias de ascendentes indígenas podem informar os processos de conformações de famílias e de diferenciações entre famílias. Compreende-se o campo do parentesco e família a partir de abordagens processuais, que apontam a centralidade do tempo e dos processos de rememoração e narração para conformações de grupos de base familiar. (AU)

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