Códigos de condutas para mouros e cristãos nos sínodos portugueses quatrocentistas

• Processo: 20/00913-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2020
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2020
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História Antiga e Medieval
• Pesquisador responsável: Susani Silveira Lemos Franca
• Beneficiário: Bruno de Oliveira César Leal
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 13/14786-6 - Escritos sobre os novos mundos: uma história da construção de valores morais em Língua Portuguesa, AP.TEM
• Assunto(s): História de Portugal História antiga Cristianismo Cristãos-novos Conversão religiosa Disciplina (regra de conduta) Século XV
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Juízos Morais | Mouros | Portugal Quatrocentista | Sínodos | História de Portugal

Resumo

A pesquisa tem como objetivo esquadrinhar indícios da regulamentação de códigos de condutas respectivos à delicada convivência entre cristãos e mouros no século em que a presença destes na Península Ibérica era já residual, o século XV. Visando compreender como foi concebida, no âmbito de algumas províncias eclesiásticas portuguesas, a relação entre a finalidade da existência e a condução do cotidiano, serão investigadas as constituições sinodais concebidas nas dioceses de Lisboa no ano de 1403 e de Braga em 1477, uma vez que estas são compostas por um conjunto de normas, leis e estatutos provenientes de discussões acerca das maneiras consideradas ideais para estabelecer uma ordenação no seio da sua sociedade, trazendo, inclusive, indicações sobre os cuidados, a postura e as práticas dos "fiéis" nas relações que diariamente estabeleciam com os "infiéis". As referências às práticas virtuosas serão investigadas juntamente com as indicações sobre os pecados, por serem instrumentos pedagógicos que, por vias opostas, ajudaram na difusão dos ideais de conduta aprovados pela Igreja em um momento em que não há notícias de grandes conflitos entre mouros e cristãos, mas em que diversas restrições e condenações aos seus hábitos e condutas pesavam sobre os primeiros e serviam para alertar os últimos.