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Campo minado? Disputas e agências em torno da prostituição no Parque da Luz

Processo: 20/04319-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2020
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2022
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia - Antropologia Urbana
Pesquisador responsável:Heloisa Buarque de Almeida
Beneficiário:Ana Carolina Braga Azevedo
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Etnografia   Sexualidade   Prostituição   Abolicionismo   Gêneros (grupos sociais)   Parques   Organizações sociais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:abolicionismo | Gênero | geracão | prostituição | Sexualidade | gênero; sexualidade; geração; prostituição; marcadores sociais da diferença

Resumo

Este projeto de pesquisa visa, a partir de uma abordagem etnográfica, compreender práticas e discursos em dois aspectos: (1) como uma Organização da Sociedade Civil (OSC), no Parque da Luz, no centro de São Paulo, interessada em resgatar mulheres em situação de prostituição, constrói, reconstrói e empreende suas ações assistencialistas e discursos abolicionistas acerca da prostituição; (2) como as mulheres que se prostituem no Parque percebem, reformulam e agenciam esses discursos e ações. A partir da literatura teórica acercado tema e das reflexões possibilitadas pelas primeiras imersões em campo, este projeto considera essa OSC uma organização que de certa forma integra o setor de resgate no Brasil. Além dessa consideração, pretendo compreender esses discursos e práticas considerando seu caráter contextual e relacional, levando em conta as diversas teorias e movimentos que influenciaram as fundadoras para a construção dos discursos e ações da OSC, o contexto decrescimento dos discursos feministas neo-abolicionistas no país, e o próprio contexto de prostituição no Parque da Luz. Pesquisas de campo preliminares mostraram que esse discurso de resgate é produzido a partir da construção e regulação da figura da vítima da prostituição. Para apreender esse processo, considero necessário pensar em como as diferentes posições sociais (trabalho e configuração familiar) que essas mulheres ocupam, articuladas com as diferenças sociais de raça/cor, classe, gênero, sexualidade e geração, estão sendo administradas no discurso moral elaborado e acionado pelas voluntárias no cotidiano da OSC. Além de compreender como a OSC elabora, administra e aciona essas vulnerabilidades para construir essa figura, pretendo compreender também como essas mulheres estão produzindo suas narrativas a partir do agenciamento de suas próprias vulnerabilidades para se construírem como vítimas e assim conseguir certos benefícios. (AU)

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Publicações acadêmicas
(Referências obtidas automaticamente das Instituições de Ensino e Pesquisa do Estado de São Paulo)
AZEVEDO, Ana Carolina Braga. Atravessamentos abolicionistas: a mulher em situação de prostituição tem o direito de sonhar. 2024. Dissertação de Mestrado - Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD) São Paulo.