Sobre ética e técnica: discussão de limites da implicação do analista em exemplos de Winnicott e de Masud Khan

• Processo: 20/08928-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2020
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2021
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia
• Pesquisador responsável: Nelson Ernesto Coelho Junior
• Beneficiário: Amanda Watson Martins Pereira
• Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Psicanálise Ética (filosofia) Psicanalistas Terapeutas Pessoalidade Contratransferência
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Ética | Implicação | Técnica | Psicanálise

Resumo

Este trabalho propõe-se a realizar uma investigação ética da técnica, buscando limites éticos que poderiam orientar a prática analítica. Partindo da concepção de presença reservada como postura ética do analista, proposta por Luís Cláudio Figueiredo, buscamos compreender o que significaria um excesso de implicação, ou seja, uma presença excessiva da pessoalidade do terapeuta na situação clínica, levando ao bloqueio da escuta do outro em sua alteridade e, possivelmente, a efeitos iatrogênicos sobre o paciente. Para isto, será realizada uma revisão histórico conceitual de textos de analistas significativos na história da psicanálise: Donald W. Winnicott e Masud Khan. Estes autores foram responsáveis por importantes contribuições originais para a técnica analítica, introduzindo o trabalho com a contratransferência, a investigação do papel do analista na produção de melhora terapêutica e um deslocamento da técnica analítica na direção da implicação. Buscaremos encontrar, através da investigação da produção de autores que introduziram e defenderam a participação da pessoalidade do analista na clínica, indicações do que pode configurar um "excesso de implicação".