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Entre a "Casa da Memória Nacional" e o ruído da prensa: o Negro na Retórica da Nacionalidade do IHGB e da Imprensa Negra (1833-1937)

Processo: 21/08951-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2022
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - Teoria e Filosofia da História
Pesquisador responsável:Karina Anhezini de Araujo
Beneficiário:Luís Roberto Manhani
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):24/00303-8 - Quais passados devemos (re)ter? usos do passado negro no ihgb e na imprensa negra (1833-1937), BE.EP.DR
Assunto(s):Historiografia   Historicidade   História da historiografia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:História da Historiografia | Historicidade | historiografia | imprensa negra | Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro | Operação historiográfica | História da Historiografia

Resumo

Durante todo o século XIX e o início do novecentos, a escrita sobre o passado nacional se converteu em uma disputa que não se restringia aos lugares considerados oficiais de enunciação dos discursos históricos. Interessado nessa questão, o presente projeto de pesquisa busca investigar os discursos sobre o negro produzidos ao longo do oitocentos e nas primeiras décadas republicanas em dois conjuntos de fontes: a revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, publicada a partir de 1839; e os jornais comandados por homens e mulheres negras, a chamada imprensa negra. A problemática central do trabalho é compreender de que modo o negro é inserido na retórica da nacionalidade e, portanto, ordenado no tempo da nação nestes locais de produção de discursos. O recorte temporal privilegia o primeiro periódico conhecido da imprensa negra, O Homem de Cor, publicado em 1833, e seleciona outros jornais com esta característica até 1937, momento em que o governo Getúlio Vargas opera uma ruptura democrática que impõe o fechamento destes jornais. É importante salientar que analisar as publicações da Revista do IHGB entre 1839 e 1937 somente é possível graças à investigação realizada no mestrado, quando mapeamos e examinamos os artigos e documentos que tomam o negro como objeto ou indicam essa necessidade. Esse estudo, portanto, procura ampliar a análise realizada em nossa dissertação, intitulada: O discurso sobre o negro na historiografia e na etnografia do IHGB (1839-1925), quando localizamos a produção de três temporalidades: a presença da ausência negra; a utilização pragmática da heroicização e de mecanismos necropolíticos; e, simultaneamente, o negro-escravo e uma nostalgia imperial, temporalidades que foram marcadas pelos impactos de acontecimentos como a Abolição da escravidão e a Proclamação da República.

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