Um elo entre o oriente e o ocidente através de o livro do chá, do Kakuzo Okakura

• Processo: 21/08038-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2022
• Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2022
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Filosofia
• Pesquisador responsável: Neide Hissae Nagae
• Beneficiário: Narumi Ito
• Supervisor: Kinya Sugiyama
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Kanazawa University, Japão
• Vinculado à bolsa: 20/04146-3 - Um estudo sobre a arte em reverenciar a natureza na obra o livro do chá, de Kakuzo Okakura, BP.MS
• Assunto(s): Ocidente Oriente Tradição Japoneses Chá Cerimônia do chá Obra literária
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: KakuzM Okakura | O Livro Do Chá | Ocidente | Oriente | Cultura Japonesa

Resumo

O Livro do Chá (1906), do intelectual japonês Kakuzo Okakura (1863-1913) foi publicado durante a Era Meiji (1868-1912), época em que se abriram os portos japoneses para que a modernização alcançasse todo o país, e, ao mesmo tempo, um momento de troca de intensos conhecimentos com o Ocidente. Neste contexto, já perto do final da Era, o livro ensaístico foi inaugurado, despertando novas visões do Ocidente para o Oriente. O Livro do Chá demonstra muitas curiosidades em torno da chanoyu (cerimônia de chá japonesa), traz explicações sobre a preparação do ambiente, além de evidenciar a influência do taoísmo e do zen em todo o ritual, a importância das flores, a valorização dos mestres de chá e outros utensílios de cerâmica, ferro e madeira em laca. A obra também é significativa no sentido de criar laços e desenvolver uma ponte entre as culturas orientais e ocidentais, uma vez que é capaz de explicar, contextualizar e informar sobre diversos costumes japoneses que envolvem a arte do chá. Na época em que Okakura escreveu este livro ainda havia muitas ideias que faziam parte do imaginário ocidental repleto de pré-conceitos. Dessa maneira, o autor japonês questiona em sua obra sobre alguns estereótipos, como: "Quando o Ocidente compreenderá o Oriente? Nós, os asiáticos, ficamos com frequência consternados com a estranha teia de fatos e fantasias que tem sido tecida a nosso respeito. Somos descritos como seres que vivem do perfume do lótus, quando não de ratos e baratas" (OKAKURA, 2008, p. 32). Nesse momento, o oriente ainda era visto com base em vários em suposições e não em experiências reais, já que o contato entre os dois povos ainda era restrito. Desse modo, este projeto de pesquisa busca compreender o papel do intelectual japonês Kakuzo Okakura e suas contribuições no que diz respeito à criação de uma ponte de boa convivência entre o Ocidente e o Oriente. (AU)