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Antropologia, cultura popular e patrimônio: a trajetória de Antonio Augusto Arantes

Processo: 22/03466-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2022
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2023
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Luís Felipe Bueno Sobral
Beneficiário:Luiza Venancio Mazieri
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:19/05567-5 - Historiografia da antropologia, AP.JP
Assunto(s):História da antropologia   Cultura popular   Patrimônio   Etnografia   Arquivos pessoais
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Antonio Augusto Arantes | Arquivo Edgard Leuenroth | cultura popular | Historia da Antropologia | patrimônio | História da Antropologia

Resumo

Junto com Peter Fry e Verena Stolcke, Antonio Augusto Arantes (1943) foi um dos principais responsáveis pela formação das primeiras turmas de antropologia, tanto na graduação como na pós-graduação, da Unicamp. Entrementes, ele conduzia sua pesquisa de doutorado sobre literatura de cordel no Nordeste brasileiro sob a supervisão de Edmund Leach, no King's College, Cambridge. Leach, que naquele momento estava interessado em promover uma interlocução entre o estruturalismo francês e a tradição empirista britânica, auxiliou Arantes em sua pesquisa sobre cultura popular, fortemente fundamentada em trabalho etnográfico, mas com um rigor analítico e metodológico estruturalista que se encontrava em seu auge também no Brasil. Dessa colaboração resultou a tese de Arantes, intitulada Sociological Aspects of Folhetos Literature in Northeast Brazil, defendida em 1978. Considerando a atuação de Stolcke, Fry e Arantes, que se tornaram todos doutores na Inglaterra, é difícil desconsiderar a importância do paradigma britânico de antropologia na Unicamp. Mas compreender esta experiência compartilhada também é fundamental para analisar a trajetória docente e de pesquisa de Arantes nos seguintes, seu interesse por cultura popular conduzindo-o à uma reflexão sobre patrimônio. Ele constituiu uma carreira reconhecida nas décadas seguintes: apenas para citar algumas formas de sua atuação, ele foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), Secretário-geral da Associação Latino-americana de Antropologia (ALA) e presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Foi no âmbito dos estudos de patrimônio que ele colaborou, junto à UNESCO, com a implementação da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Intangível, bem como coordenou a equipe de pesquisadores que elaborou o Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), adotado pelo IPHAN como diretriz de trabalho e fundamental para os estudos de tombamento, que devem considerar os valores culturais partilhados por grupos sociais em sua relação com o patrimônio. Conservado no Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), o acervo de Arantes fornece assim os materiais necessários, e por enquanto largamente inexplorados, para um estudo detalhado sobre a trajetória transnacional desse intelectual importante, recentemente nomeado professor emérito da Unicamp, assim como sobre a relação entre antropologia, cultura popular e patrimônio.(AU)

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