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Arquitetos dos Manguezais: como as estruturas sedimentares podem maximizar a captura de alimento dos caranguejos-chama-maré?

Processo: 22/02276-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2022
Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2023
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Zoologia - Comportamento Animal
Pesquisador responsável:Tânia Marcia Costa
Beneficiário:Tainá Moreira Ferreira
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB-CLP). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus Experimental do Litoral Paulista. São Vicente , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):22/14395-6 - Vias de ciclagem de carbono em tocas de caranguejo-chama-maré e suas estruturas sedimentares em manguezais, BE.EP.IC
Assunto(s):Coberturas sedimentares   Comportamento de forrageamento animal   Caranguejo   Hidrodinâmica   Fitoplâncton   Vorticidade   Estuários
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:construções sedimentares | Estuario | fenótipo estendido | Hidrodinâmica | Comportamento e fisiologia de crustáceos

Resumo

A construção de estruturas sedimentares pode ser observada nos mais diversos grupos animais. Além de exercerem um importante papel na sobrevivência e evolução dos animais que as produzem, elas também podem influenciar em processos ecológicos dos ecossistemas como na ciclagem biogeoquímica dos nutrientes e a hidrodinâmica do ambiente. Caranguejos-chama-maré são organismos construtores de estruturas sedimentares, sendo que essas podem variar sua função de acordo com as espécies, sexo e fase da vida. O caranguejo-chama-maré Leptuca thayeri constrói estruturas sedimentares na forma de chaminés na entrada das tocas. As chaminés são construídas principalmente durante os meses reprodutivos e são maiores nas tocas de fêmeas que estão incubando seus ovos (fêmeas ovígeras) do que nas tocas de fêmeas não ovígeras e de machos adultos. Uma vez que a espécie pode se alimentar de fitoplâncton, e considerando que as estruturas sedimentares podem auxiliar na formação de regiões de vorticidade que diminuem a velocidade de escoamento da água, nós hipotetizamos que as chaminés poderiam funcionar como armadilha de fitoplâncton durante a maré alta. Uma maior eficiência de captura de fitoplâncton poderia ser vantajoso para as fêmeas suprirem suas necessidades energéticas principalmente durante a incubação dos ovos, período que seus movimentos podem ser limitados e sua eficiência de forrageamento reduzida. Nesse contexto, com o intuito de testarmos se a quantidade de fitoplâncton capturada nas tocas varia de acordo com o tamanho da chaminé, nós realizaremos um experimento em campo em que construiremos simulacros das tocas com chaminés de diferentes alturas (simulando as chaminés construídas por fêmeas ovígeras, fêmeas não ovígeras e machos adultos) e compararemos a quantidade de fitoplâncton capturado após o período de maré alta. Em um segundo experimento, com o intuito de avaliarmos se o período de incubação impõe restrições para o forrageamento das fêmeas, compararemos os comportamentos relacionados a alimentação, como pinçadas no sedimento e o período fora da toca em fêmeas ovígeras, fêmeas não ovígeras e machos adultos. Dessa forma, nós esperamos que as chaminés aumentem a taxa de captura de fitoplâncton favorecendo a alimentação das fêmeas ovígeras durante o período de incubação. (AU)

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