Avaliação da atividade oscilatória de circuitos neurais durante os testes de interação social e reconhecimento de objetos em um modelo animal de Autismo

• Processo: 22/03345-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2022
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Farmacologia - Neuropsicofarmacologia
• Pesquisador responsável: Felipe Villela Gomes
• Beneficiário: Adriana de Jesus de Souza
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Bolsa(s) vinculada(s): 23/14964-3 - Analise das alterações dopaminérgicas e da sociabilidade em um modelo animal de autismo., BE.EP.DR
• Assunto(s): Transtornos do neurodesenvolvimento Transtorno autístico Ácido valproico Parvalbuminas Receptores de GABA-A Eletrofisiologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: autismo | Eletrofisiologia | Parvalbumina | Transtornos de neurodesenvolvimento

Resumo

Os Transtornos do Espectro do Autismo (TEA) são um grupo de transtornos do neurodesenvolvimento que compartilham alterações comportamentais de interação social, cognição, linguagem e padrões de comportamentos repetitivos ou estereotipados. Alguns sintomas do TEA têm sido associados a um equilíbrio alterado de excitação/inibição no córtex cerebral e no hipocampo, que poderia estar correlacionado com uma diminuição no número ou função de interneurônios GABAérgicos que expressam parvalbumina (PV). Estudos em humanos demonstraram uma diminuição em neurônios PV-positivos no córtex pré-frontal (PFC) de pacientes com Autismo. Em modelos animais, roedores expostos ao ácido valpróico (VPA) durante período gestacional exibiram um menor número de neurônios PV-positivos em regiões corticais e alterações na atividade oscilatória hipocampal coordenada por interneurônios PV. Essas evidências apontam para um possível envolvimento de disfunções em interneurônios PV-positivos nas alterações comportamentais e eletrofisiológicas observadas no TEA e levantam questões acerca do uso de compostos capazes de modularem de forma seletiva a atividade GABAérgica para o tratamento dos principais sintomas do Autismo, como as alterações cognitivas e déficits de interação social. Desta forma, buscamos esclarecer a relação entre alterações do balanço excitatório-inibitório em decorrência de alterações na função GABAérgica e as alterações comportamentais e nos padrões oscilatórios de diferentes regiões cerebrais presentes em um modelo animal de Autismo baseado na exposição pré-natal ao VPA. Também investigaremos os receptores GABAA contendo a subunidade alfa 5 como um potencial alvo farmacológico para a atenuação das alterações comportamentais e eletrofisiológicas nesse modelo animal para o estudo do Autismo. (AU)