Genômica comparativa para decifrar a adaptação do fungo patogênico Austropuccinia psidii às espécies de plantas hospedeiras da família Myrtaceae

• Processo: 22/11900-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2023
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2023
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Agronomia - Fitossanidade
• Pesquisador responsável: Nelson Sidnei Massola Júnior
• Beneficiário: Thaís Regina Boufleur
• Supervisor: Benjamin Schwessinger
• Instituição Sede: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Universidade de São Paulo (USP). Piracicaba , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Australian National University (ANU), Austrália
• Vinculado à bolsa: 21/01606-6 - Identificação de mecanismos genéticos relacionados a patogenicidade de Austropuccinia psidii à família de plantas das Mirtáceas, BP.PD
• Assunto(s): Efetores Hibridização Reprodução sexuada Fitopatologia Virulência Fungos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Efetores | Ferrugem das mirtáceas | genoma completo | Hibridização | Reprodução Sexuada | Troca nuclear | Fitopatologia

Resumo

A ferrugem das mirtáceas causada por Austropuccinia psidii é responsável por perdas econômicas, ambientais e impactos sociais significativos. A. psidii é um fungo com estilo de vida biotrófico obrigatório, e possui estádio assexual dicariótico associado com surtos epidêmicos da doença ao redor do globo. O Brasil é o centro de origem de A. psidii, e atualmente, a ferrugem das mirtáceas acomete uma ampla gama de hospedeiros, sendo associada a mais de 480 espécies de plantas da família das mirtáceas. Até o momento, quatro grupos genéticos distintos com especialização ao hospedeiro e/ou a diferentes regiões geográficas estão descritos: dois bióticos com uma forte correlação com o hospedeiro no Brasil; um biótipo polífago restrito a África do Sul; e um biótipo polífago amplamente disseminado no mundo. A fim de esclarecer lacunas de conhecimento a respeito da patogenicidade e evolução de agentes causais de ferrugem, ambos os haplótipos do seu estado dicariótico são necessários. Avanços recentes em tecnologias de sequenciamento de genomas e ferramentas de bioinformática possibilitaram a montagem de ambos os haplótipos do biótipo pandêmico de A. psidii, revelando alto nível de heterozigosidade entre eles. Estudos de genômica comparativa entre isolados distintos de A. psidii irão facilitar nosso entendimento das relações genéticas e da evolução dos diferentes biótipos, contribuindo no esclarecimento dos processos relacionados a adaptação de A. psidii a espécies distintas dentro da família das mirtáceas. Além disso, a presente proposta tem como objetivo auxiliar no esclarecimento das relações genéticas e história evolutiva do patógeno, sendo fundamental na prevenção de novas incursões de A. psidii no mundo. (AU)