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O revigorar emocional dos EUA: emoções e afetos norte-americanos como elementos fundamentais para a legitimação doméstica à Guerra ao Terror (2001 - 2021)

Processo: 22/11729-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2023
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2023
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Ciência Política - Política Internacional
Pesquisador responsável:Samuel Alves Soares
Beneficiário:Afonso Brito Bandeira
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
Assunto(s):Identidade
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Emoções e afetos | Eua | Guerra ao Terror | Identidade | Segurança Ontológica | Política externa dos EUA

Resumo

Para os EUA, a Guerra ao Terror representou mais do que uma incursão global contraterrorista. Ela representou a busca norte-americana por um outro que ousou atacar um eu coletivo - o ser norte-americano. Estando sob tal ataque, esse ser estaria sob uma ameaça existencial, uma vez que atentar contra o eu coletivo norte-americano era atentar contra a excepcionalidade, a onipotência, a agência dos EUA perante o mundo, isto é, seria atentar contra sua identidade. Foi necessária a busca pela segurança ontológica, uma prática que possibilitasse assegurar a identidade norte-americana figurada em um conflito global contraterrorista que, ao longo de seus vinte primeiros anos (2001 - 2021), mostrou-se catastrófico em termos políticos, sociais e econômicos para os próprios norte-americanos. Mas a entrada deliberada em uma incursão militar global precisa ser legítima, e essa legitimação deve partir, sobretudo, do ambiente doméstico dos EUA. Para tanto, um movimento discursivo foi construído logo após os atentados de 11 de setembro de 2001 por dois atores, o Estado - por meio do governo - e a nação, resgatando a própria formação identitária nacional com o intuito de revigorar as emoções e afetos norte-americanos. Isso porque, dor, ódio, medo, vergonha, nojo, amor e tantos outros sentimentos podem legitimar ou contestar decisões políticas, e foram as emoções conjuntamente às memórias afetivas que deram aval doméstico à Guerra ao Terror: o amor que gera o orgulho à pátria ferida, o medo que gera o ódio e a repulsa que gera o preconceito ao outro compuseram o gatilho da aceitação à entrada em um conflito cujas perdas material e humana foram dramáticas.

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