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Avaliação do número de cópias de retrovírus endógenos suínos (PERVs) em células geneticamente modificadas para xenotransplantes, por meio do sequenciamento do gene viral pol.

Processo: 22/15315-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2022
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2024
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Genética - Genética Animal
Pesquisador responsável:Silvano Mario Attilio Raia
Beneficiário:Luciano Abreu Brito
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/11872-5 - Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Xenotransplante, AP.CCD
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:copy number variation | ddPCR | Retrovírus endógenos suínos | xenotransplante | Genética Animal

Resumo

O xenotransplante, definido como o transplante realizado entre espécies distintas, vem sendo considerado como uma alternativa promissora para a crise de escassez de órgãos para transplantes (NIU et al, 2020). Neste contexto, os suínos (Sus scrofa domesticus) vêm sendo considerados como os doadores de órgãos mais apropriados, devido a, entre outros fatores, semelhanças fisiológicas e de tamanho dos órgãos em relação aos humanos (DAI et al, 2002). No entanto, a viabilização dos xenotransplantes engloba superar obstáculos imunológicos e infecciosos. Para este segundo obstáculo, a criação de suínos em ambiente estéril e rigorosamente controlado é imprescindível para garantir a ausência de patógenos suínos potencialmente patogênicos para humanos (NOORDERGRAAF et al., 2018). Entretanto, há uma classe de retrovírus endógenos suínos (ou PERV, do inglês porcine endogenous retrovirus) que estão integrados no genoma suíno e cuja capacidade infecciosa em humanos é desconhecida. Os PERVs estão presentes em variado número de cópias, dependendo da raça do animal, do tipo de tecido e do subtipo de retrovírus (PERV-A, PERV-B e PERV-C) (DENNER, 2016), chegando a mais de 60 cópias na linhagem comercial de célula epitelial de rim suíno PK15 (YANG et al., 2015). Embora relatos de infecção em humanos in vivo não tenham sido reportados até o momento, estudos in vitro mostram potencial risco de transmissão cruzada para células humanas (PATIENCE et al. 1997; YANG et al. 2015; NIU et al., 2017; ROSS & COATES 2018; DENNER, 2020). Apesar da inativação completa de PERV representar um grande desafio frente à numerosa quantidade de cópias presente nas células suínas, resultados promissores foram relatados em linhagem de fibroblasto fetal suíno e células PK15 (número de cópias de PERV: 25 e 62, respectivamente), as quais tiveram 100% de eficiência na inativação dos PERVs utilizando a tecnologia CRISPR-Cas9 contra o gene pol dos PERVs (gene responsável pela expressão da enzima transcriptase reversa e pelo risco de transmissão cruzada) (YANG et al., 2015; NIU et al., 2017). Para contornar a necessidade de nocautear simultaneamente todos os loci de PERVs, pode-se escolher suínos com quantidade reduzida de PERVs, especialmente de seus subtipos mais infecciosos PERV-C e PERV-A, para o uso em xenotransplantes. Assim, este projeto visa a padronização de métodos de quantificação genômica dos PERVs e seus subtipos, e a caracterização de uma coorte de 50 animais quanto a presença dos PERVs.

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