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Do exílio político à errância poética: figurações do desterro na obra de Manuel Alegre

Processo: 22/08551-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2022
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2024
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Outras Literaturas Vernáculas
Pesquisador responsável:Caio Márcio Poletti Lui Gagliardi
Beneficiário:Maria Eduarda Miranda Paniago
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Bolsa(s) vinculada(s):23/05963-3 - Exílio e errância na poética de Manuel Alegre: deslocamentos contemporâneos e representações identitárias, BE.EP.MS
Assunto(s):Exílio   Poesia contemporânea   Literatura portuguesa
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:errância | Exílio | Manuel Alegre | poesia contemporânea | Literatura portuguesa

Resumo

O presente projeto de pesquisa se inscreve no projeto mais amplo "Figurações do exílio na Literatura Portuguesa do século XX", coordenado pelo Prof. Dr. Caio Gagliardi. É ainda um desenvolvimento da pesquisa de Iniciação Científica "Manuel Alegre reescrevendo Camões", desenvolvida entre 2020 e 2021 e financiada pelo Programa Unificado de Bolsas (PUB-USP). O atual projeto tem por objetivo analisar as manifestações líricas da experiência do exílio e da condição da errância na poesia do escritor português Manuel Alegre (1936). Parte-se de duas hipóteses centrais: (1) propõe-se abordar a experiência do exílio como elemento-chave para a compreensão da poética de Alegre, considerando as suas diferentes manifestações ao longo de sua obra; (2) a partir do conceito de "exílio internalizado", proposto por MENDES (2008), pretende-se analisar a transição das representações do exílio na obra do poeta, as quais se deslocam de uma traumática experiência de desterro político-geográfico para uma condição tanto poética quanto existencial. Para tanto, trabalharemos com livros das três fases do autor. Em Atlântico (1981), o exílio aparece sobretudo como assunto, associado à experiência biográfica do poeta, condenado ao desterro político durante o salazarismo. Já em Vinte poemas para Camões (1992), revela-se um deslocamento da figuração biopolítica do exílio para o domínio da própria literatura, por meio do diálogo estabelecido com a poesia de Luís de Camões, uma das figuras mais representativas da errância e do desterro no imaginário cultural português. Por fim, o Livro do Português Errante (2001) apresenta a desterritorialização como um elemento já internalizado no fazer poético do autor, isto é, não mais como simples temática, mas como verdadeira condição para a escrita e para a reflexão mais ampla acerca da existência.

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