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O material como argumento para a História da Arquitetura: um estudo sobre o alumínio a partir das propostas metodológicas de Sérgio Ferro

Processo: 22/00107-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2022
Data de Término da vigência: 10 de março de 2025
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo - Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
Pesquisador responsável:João Marcos de Almeida Lopes
Beneficiário:Raíssa Pereira Cintra de Oliveira
Instituição Sede: Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Carlos (IAU). Universidade de São Paulo (USP). São Carlos , SP, Brasil
Assunto(s):História da arquitetura   Alumínio   Bauxita   Produção arquitetônica   Análise estrutural
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:alumínio | análise do material | História Da Arquitetura | Metodologia de análise | produção da arquitetura | Sérgio Ferro | Estudos de Produção em Arquitetura, Projeto e Trabalho

Resumo

O trabalho aqui proposto pretende dar continuidade a uma investigação histórico crítica dentro da linha de pesquisa sobre a produção material da arquitetura, iniciada em minha tese de doutoramento, na qual estudei o projeto e a construção do Parque Anhembi - complexo destinado às feiras de negócios, construído em São Paulo no final dos anos 1960. A ideia, agora, é dar maior relevância na investigação do material alumínio - principal material utilizado na produção da estrutura da cobertura de um dos edifícios do complexo, o Pavilhão de Exposições-, levando em consideração as proposições metodológicas de Sérgio Ferro. Assim, a exemplo dos estudos já elaborados por Ferro (como "Michelangelo - arquiteto e escultor da Capela dos Médici", publicado no Brasil em 2016), o objetivo do trabalho é compreender os vestígios do trabalho invisibilizado, desde as remotas instalações mineradoras da bauxita, até os processos mais sofisticados de produção de componentes em alumínio para a construção no Brasil, buscando assim, construir uma outra perspectiva histórica sobre o objeto. Para tanto, a pesquisa deverá investigar as bases materiais da produção da arquitetura, percorrendo outros campos interpretativos, reorientando inclusive narrativas até então canônicas, muitas delas focadas inicialmente nas escolhas formais de um determinado produto arquitetônico. Ao procurar as contradições existentes nas dinâmicas da produção do material, será provável compreender a arquitetura e sua construção como uma densa fonte para a investigação histórica social e econômica, e, portanto, entendê-la dentro da lógica mais ampla de reprodução de valor e acumulação. A proposta investigativa percorrerá direcionamentos complementares de pesquisa: a produção, a mineração em si (a exploração da bauxita, matéria prima para a produção do alumínio), a circulação e o consumo (demandas, narrativas, detalhamentos e especificações). Nesse caminho de reexame da história, e dentro das contradições entranhadas no material, também será possível questionar condutas normalizadas ainda hoje sobre o uso do alumínio e sua especificação no projeto. (AU)

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