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Fatores de risco relacionados a transfusão de hemocomponentes em crianças submetidas a ressecção cirúrgica de tumores intracranianos

Processo: 23/00234-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de março de 2023
Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2024
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Marcos Devanir Silva da Costa
Beneficiário:Carolina Torres Soares
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Neurocirurgia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Hemorragia Intracraniana | neoplasia de sistema nervoso central | transfusão de hemocomponentes | Neurocirurgia

Resumo

O sistema nervoso central (SNC) demanda grande parte do débito cardíaco e do metabolismo energético do corpo. Dessa forma, as perdas sanguíneas volumosas podem diminuir a perfusão do tecido cerebral e, com isso, associam-se à maior mortalidade e a danos neurológico. Nos procedimentos neurocirúrgicos em crianças e adolescentes, o sangramento é uma das complicações mais comuns - tanto por disfunções causadas pela doença quanto por características do organismo imaturo frente a um procedimento complexo. Dessa forma, há um risco significativo de hemorragia perioperatória e de progressão para hipovolemia, coagulopatias, distúrbios eletrolíticos, hipotermia e maior tempo de estadia nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI).Assim, a transfusão de hemocomponentes tem um papel fundamental na história médica, tendo sido capaz de mudar a evolução de muitos pacientes, com reversão rápida de condições potencialmente fatais, como hipovolemia ou níveis críticos de hemoglobina. Entretanto, apesar de todos os avanços na cadeia de captação, armazenamento e uso dos hemocomponentes, ainda são significativos os riscos associados à transfusão - como lesão pulmonar aguda, reações hemolíticas, reações alérgicas, hipervolemia e imunomodulação alogênica.De acordo com grandes estudos, parte importante dos pacientes pediátricos que recebem transfusão são os oncológicos, chegando a 39%. Nesse cenário, os tumores do SNC se destacam em prevalência e principalmente entre as transfusões de concentrado de hemácias. Entretanto, pouco já foi esclarecido quanto às transfusões nos pacientes oncológicos pediátricos - não há, ainda, consenso quanto aos limiares indicativos de transfusão, sendo adotados níveis diferentes em cada instituição.Nosso estudo objetiva avaliar os fatores de risco para transfusão sanguínea em pacientes menores de 18 anos submetidos à cirurgia de ressecção para tumores do sistema nervoso central no Instituto de Oncologia Pediátrica/GRAACC-UNIFESP. Para isso, analisaremos a incidência e a correlação das transfusões sanguíneas com dados laboratoriais, características tumorais, dos pacientes e das cirurgias.Será realizada análise retrospectiva dos prontuários e arquivos médicos de todos os pacientes menores de 18 anos submetidos a neurocirurgia para ressecção tumoral no serviço entre os anos de 2017 e 2022 no IOP/GRAACC-UNIFESP. Os dados coletados incluirão idade e sexo do paciente, tipo histológico, topografia e volume do tumor, exames laboratoriais pré e intraoperatórios (Hb, Ht, plaquetas, TAP, TTPa e fibrinogênio), duração da cirurgia, momento de transfusão e hemocomponente transfundido.A análise dos dados e a criação dos gráficos será realizada com o software GraphPad Prism 8 for macOS versão 8.0.1. a partir dos testes matemáticos Logrank Mantel-Cox ou Logrank test for trend. As variáveis qualitativas serão analisadas por testes de contingência, usando o teste de Exato de Fisher. A significância será considerada para um ± menor ou igual a 0,05. Além da aprovação pelo comitê de ética e pesquisa, as identidades dos pacientes serão mantidas em sigilo, por meio de padronização numérica e randômica dos prontuários, omitindo a identificação dos indivíduos. Os pacientes e seus responsáveis legais deverão autorizar a sua participação no estudo através da assinatura do termo de consentimento informado livre e esclarecido (TCLE). Serão dispensados da assinatura do TCLE os pacientes que tiverem falecido ou que não forem passíveis de serem contactados diretamente ou por telefone. Além disso, foi elaborado TERMO DE COMPROMISSO DE UTILIZAÇÃO DE DADOS (TCUD) é um documento de compromisso firmado pelos pesquisadores de pesquisas para os casos em que não será possível obter o TCLE.

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