A desmobilização e (re)mobilização do movimento de AIDS brasileiro

• Processo: 23/06704-1
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 23 de outubro de 2023
• Data de Término da vigência: 22 de outubro de 2024
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Ciência Política
• Pesquisador responsável: Elize Massard da Fonseca
• Beneficiário: Helena de Moraes Achcar
• Supervisor: Lilian Mathieu
• Instituição Sede: Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP). Fundação Getúlio Vargas (FGV). São Paulo , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: École Normale Supérieure, Lyon (ENS), França
• Vinculado à bolsa: 22/07849-0 - Sociedade civil, a pandemia de COVID-19 e o acesso universal a medicamentos no Brasil: construindo um sistema melhor, BP.PD
• Assunto(s): Movimentos sociais Mobilização social Saúde global AIDS
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Acesso universal à saúde | Bourdieu | Desmobilização | Mobilização Social | Movimento de AIDS brasileiro | Saúde Global | Teoria dos Movimentos Sociais

Resumo

Esta é uma proposta de pesquisa a ser realizada no Centre Max Weber (École normale supérieure de Lyon) pelo período de um ano. Após extenso trabalho de campo e revisão da literatura, a bolsa será essencial para desenvolver uma nova fase da minha pesquisa, internacionalizar os resultados do meu trabalho e promover colaborações além deste projeto de pesquisa. O objetivo da pesquisa é oferecer uma análise e compreensão do processo de desmobilização do movimento de AIDS no Brasil. A partir da década de 1980, o movimento de AIDS foi fundamental para garantir o acesso universal ao tratamento antirretroviral, representando um dos pilares de uma política nacional de AIDS reconhecida internacionalmente, servindo de inspiração para outros movimentos de acesso universal. No entanto, desde a década de 2010, o movimento vem se desmobilizando. Baseada em uma abordagem bourdieusiana e compreendendo o movimento como um campo social, pretendo preencher a lacuna na literatura investigando as dinâmicas dentro do próprio movimento, as interações do movimento com mudanças externas em outros campos (como a re-biomedicalização da AIDS, ascensão de ideias conservadoras e religiosas e eleição do presidente de extrema-direita Bolsonaro) e a dinâmica do movimento de AIDS com outros movimentos. A análise também buscará entender como a desmobilização afetou a formulação de políticas e as condições de possibilidade de mobilização. Por fim, trarei implicações mais amplas para outros movimentos que lutam pelo acesso universal ao tratamento. (AU)