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O impacto de drogas de abuso no estabelecimento de transtornos mentais: um estudo de interação gene-ambiente

Processo: 23/05775-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2023
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2023
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Genética - Genética Humana e Médica
Pesquisador responsável:Marcos Leite Santoro
Beneficiário:Pedro Henrique Destro
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Drogas ilícitas   Interação gene-ambiente   Transtornos mentais   Genética psiquiátrica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:drogas de abuso | interação gene-ambiente | Transtornos mentais | Genética psiquiátrica

Resumo

Os transtornos mentais são uma das principais causas de anos de vida perdidos por incapacidade. Os sintomas psiquiátricos geralmente começam durante a adolescência e podem progredir e persistir na idade adulta. Apesar dos avanços e investimentos, os estudos de associação de variantes genômicas em larga escala (GWAS) são capazes de explicar apenas 1D4 da herdabilidade total, e acredita-se que o restante da herdabilidade possa ser explicado pela interação gene-gene e gene-ambiente, além de outras variantes não estudadas nos GWAS. Por serem fenótipos multifatoriais, tanto as variantes genéticas quanto os fatores ambientais desempenham um papel na determinação das características de um indivíduo, inclusive no desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar, sugerindo que, embora os fatores genéticos possam tornar uma pessoa mais suscetível a essas condições, a interação entre a genômica e sua exposição ambiental a estressores contribuem para o desenvolvimento do transtorno. Dentre os fatores ambientais, o atual projeto destaca o uso de drogas de abuso no estabelecimento de transtornos mentais, uma área ativa na pesquisa mas complexa e não totalmente compreendida. Desse modo, este estudo visa relacionar variantes genéticas associadas ao uso de drogas que aumentam o risco de incidência de transtornos mentais em 2190 indivíduos de uma coorte brasileira de alto risco para transtornos mentais, a Brazilian High Risk Cohort Study (BHRCS), a qual possui 13 anos de dados coletados em três fases. Isso será realizado a partir do levantamento dessas variantes na literatura, seguido da verificação da presença das variantes no dado genômico dos indivíduos do BHRCS de forma direta e indireta, utilizando ferramentas bioinformáticas como PLINK e RStudio. Assim, espera-se encontrar que indivíduos da coorte que possuem variantes de risco associadas ao uso de drogas de abuso e que realizaram o uso dessas substâncias apresentarão uma maior probabilidade de desenvolver transtornos mentais, em relação àqueles que não fizeram uso das substâncias e/ou que não possuem as variantes de risco analisadas, corroborando a hipótese de que há a influência da interação gene-ambiente no desenvolvimento de transtornos mentais e contribuindo com outros estudos em andamento que avaliam conjuntamente dados de neuroimagem, risco genético, risco ambiental, entre outros.

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