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Representações sociorraciais dos negros no Oeste paulista pós-abolição, 1888-1930

Processo: 23/05699-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2023
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Antonio Sérgio Alfredo Guimarães
Beneficiário:Renan Vidal Mina
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:23/11937-5 - Dinâmicas de incorporação, mobilidade social e dominação no Oeste Paulista, 1850-1950, AP.TEM
Assunto(s):Sociologia histórica   Relações raciais   Negros   Pós-abolição   Centro-Oeste paulista   Século XIX   Século XX
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Negros | Oeste Paulista | Pós-abolição | Racialização | Representações | Sociologia das Relações Raciais; Sociologia Histórica

Resumo

Embora fundante da Sociologia brasileira, a tradição de estudos de relações raciais, financiada de modo mais sistemático pela Unesco a partir dos anos 1950 e orientada a examinar a situação dos negros, seja nos grandes centros ou nos rincões do país, fora deixada de lado. A rigor, em se tratando especificamente dos padrões de interação entre as "pessoas de cor" e os brancos no interior de São Paulo após o fim da escravidão, pouco se produziu desde o trabalho pioneiro de Oracy Nogueira em Itapetininga. Logo, o imediato pós-abolição, momento marcado pela redefinição de hierarquias cristalizadas durante séculos e por uma profunda racialização das relações sociais, permanece desconhecido quanto às representações dos negros no cotidiano do oeste paulista cafeeiro, sustentáculo da economia nacional entre a segunda metade do século XIX e o início do XX. Retomando a aludida tradição, este projeto visa analisar como a raça, vista aqui como uma fronteira móvel, foi operacionalizada pelos brancos e, consequentemente, ressignificada pelos negros entre a extinção da escravatura e a vigência da Primeira República em municípios integrantes das três grandes zonas do oeste paulista abarcadas pela expansão do cultivo de café. Ao conceber a representação como um processo dialógico, argumenta-se que, à medida que as elites "nativas" insistiam em essencializar os negros mediante a vinculação de traços fisionômicos a valores percebidos como inferiores e indeléveis, os afro-brasileiros eram passíveis de reinterpretar a própria condição racial com fins de contrapor-se às categorizações. Para captar essa dinâmica entre racialização e autorracialização, recorre-se à reconstituição de escritos memorialísticos e edições de jornais do interior de São Paulo atinentes a eventos comemorativos, sobretudo relacionados às experiências sociais dos negros. (AU)

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