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Transferência materna de anticorpos e o desenvolvimento do TAM

Processo: 23/05350-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2023
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Bioquímica - Metabolismo e Bioenergética
Pesquisador responsável:Luiz Osório Silveira Leiria
Beneficiário:Paulo Henrique de Melo
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:13/08216-2 - CPDI - Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias, AP.CEPID
Assunto(s):Metabolismo   Microbiota   Imunometabolismo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Anticorpos Maternos | Células B | metabolismo | Microbiota | tecido adiposo marron | Imunometabolismo

Resumo

A termogênese adaptativa é um processo de geração de calor frente a estímulos ambientais, como frio e dieta. O tecido adiposo marrom (TAM) é o órgão especializado pra exercer tal função, e que devido a sua alta capacidade de catabolizar substratos energéticos torna-se central para a homeostase energética. O TAM é um tecido complexo, que conta com numerosos adipócitos marrons (AM) associados a vasos sanguíneos, fibras nervosas, células progenitoras e imunes. Sabe-se que a comunicação intercelular no nicho do TAM é determinante para a função e desenvolvimento deste tecido. Alguns estudos sugerem a participação de células Tgd IL-17C+, células T reguladoras e macrófagos M2 na modulação positiva da função do TAM. Dados prévios do nosso grupo demonstram um elevado número de células B no TAM de camundongos, porém o papel destas células neste contexto ainda não havia sido explorado. Observamos que camundongos deficientes de células B maduras (MuMt-/-) apresentam menor massa e branqueamento do TAM desde a fase neonatal, culminando em uma falha acentuada na termogênese adaptativa na fase adulta. Os animais utilizados anteriormente foram gerados de cruzamentos entre homozigotos deficientes ou selvagens, no entanto, decidimos melhorar nossa estratégia de cruzamento para obtenção de camundongos littermates (de mesma ninhada) através do cruzamento de camundongos heterozigotos (onde a mãe transmite anticorpos para a prole). Curiosamente, as proles de camundongos MuMt-/- e WT geradas pelo cruzamento entre heterozigotos não apresentaram diferenças quando submetidas ao desafio ao frio e ao teste de tolerância à glicose. Isso levantou alguns questionamentos sobre como a estratégia de cruzamento poderia interferir nos resultados obtidos na prole. A literatura mostra que a transferência de anticorpos maternos afeta a composição da microbiota e sistema imune da prole, enquanto outros trabalhos demonstram que a microbiota é crítica para a função termogênica e metabólica. Por isso, aventamos a hipótese de que a transferência de anticorpos maternos seja o processo chave que determina as diferenças metabólicas observadas entre os camundongos avaliados, colocando a microbiota como intermediador deste processo. Para isso, iremos estabelecer novos cruzamentos dos quais serão gerados camundongos deficientes ou selvagens para células B, os quais receberão ou não anticorpos maternos. Posteriormente, todos os animais gerados a partir destes diferentes cruzamentos serão avaliados de acordo com os parâmetros metabólicos, termogênicos, imunológicos e de composição da microbiota. Além disso, a transferência de microbiota será realizada entre camundongos que receberam ou não anticorpos maternos e os parâmetros termogênicos e metabólicos serão avaliados. Assim, este trabalho visa desvendar os processos metabólicos e termogênicos que podem ser controlados pela transferência de anticorpos maternos.

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