Uso de LiDAR na discriminação entre solos minerais e orgânicos sob vegetação de Floresta Paludosa da Mata Atlântica

• Processo: 23/11171-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2023
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Agronomia - Ciência do Solo
• Pesquisador responsável: Pablo Vidal Torrado
• Beneficiário: Ana Paula Dechen Rodrigues
• Instituição Sede: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Universidade de São Paulo (USP). Piracicaba , SP, Brasil
• Assunto(s): Sensoriamento remoto
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Paludização | Sensoriamento Remoto | turfeira tropical | Pedologia; Sensoriamento Remoto

Resumo

As áreas úmidas tropicais são fundamentais para a manutenção de diferentes serviços ecossistêmicos, especialmente na mitigação das emissões de gases de efeito estufa o qual se encontra como objeto de interesse atual devido à sua sensibilidade e biodiversidade. Na Mata Atlântica, as turfeiras são ecossistemas de áreas úmidas, formadas por Organossolos na fitofisionomia Florestas Paludosas. As condições redutoras desses ambientes resultam em uma dinâmica geoquímica que favorece o enorme estoque de C e influencia sobremaneira a dinâmica e produção de gases do efeito estufa, como o CO2 e o CH4. Nas Florestas Paludosas do Vale do Ribeira do Iguape (SP) há ocorrência de Organossolos e de solos minerais hidromórficos (Gleissolos) sendo muito difícil discriminar a ocorrência de cada um tanto pela dificuldade de caminhamento no terreno como por obtenção de padrões interpretativos de imagens de satélite e fotografias aéreas. Este trabalho tem como hipótese que, embora a floresta paludosa seja relativamente uniforme sobre ambos os tipos de solos (Gleissolos e Organossolos), a vegetação deve ter estrutura diferenciada em cada situação. A partir dessa hipótese e com o uso de geoferramentas, a exemplo dos sensores ativos, como o Light Detection and Ranging (LIDAR), será possível obter dados sobre a estrutura da floresta que podem vir a servir como indicadores para o tipo de solo no ambiente. Essa hipótese assume que há uma relação entre os atributos do solo (pH, Eh, disponibilidade de nutrientes e conteúdo de matéria orgânica), do lençol freático e a estrutura florestal. Para isso, serão utilizadas métricas em relação à altura e estrutura do dossel da floresta e métricas em relação ao conteúdo de carbono orgânico e geoquímica do solo. Espera-se que haja diferença entre a estrutura florestal e os solos, de modo que seja possível estabelecer um protocolo para a identificação dessas áreas e a sua posterior aplicação para outras áreas desse ecossistema.