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Hanseníase no Pará: A colônia de Marituba e o Educandário Eunice Weaver memória, materialidade e apagamento.

Processo: 22/08043-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2023
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo
Pesquisador responsável:Renato Cymbalista
Beneficiário:Livia Gaby Costa
Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:lugares de memória | memória da saúde | Patrimônio da saúde | História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo

Resumo

O presente projeto objetivou pesquisar dois lugares que atenderam à hanseníase e seus familiares no Brasil, Estado do Pará, a Colônia de hansenianos de Marituba e o Educandário Eunice Weaver. "Documentos" do assistencialismo à doença marcado pelo tripé profilático estabelecido após a Revolução de 1930 do Governo Federal brasileiro, como impulsionadores da formação urbana de bairros periféricos de Belém e sua área metropolitana, mediante narrativas de segregação. Objetivou-se ainda, pesquisar, como atualmente, vem sendo configurada, a herança memorial desses espaços urbanos e intraurbanos do Estado. Partimos de casos destoantes, a colônia atendeu os hansenianos e ainda hoje, é um sítio que apresenta resquícios de materialidades em uso e desuso, atendimento aos doentes e atores sociais da antiga instituição que vivem in loco e atuam em projetos que objetivam resguardar suas trajetórias vividas que correm risco de apagamento. O Educandário Eunice Weaver, por outro lado, atendeu aos filhos sadios, separados compulsoriamente de seus familiares no Estado do Pará e apresenta-se, atualmente, parcialmente apagado, deteriorado e invadido. Espaços de diferentes formações que, no entanto, vinculam-se enquanto instrumentos de regimes contraditórios, como sofrimento e cura, estigma e segurança, sítios de memória problemática que mesmo diante de compulsórios apagamentos, acreditamos, como hipótese, que se fazem presentes na memória social dessas regiões e impulsionaram a formação urbana das mesmas. No entanto, atualmente, esses "documentos" sofrem riscos de completo silenciamento. Vislumbrou-se assim, reimaginar e debater o futuro desses sítios de memória problemática, permitindo, visibiliza-los e resguarda-los enquanto lugares de reparação simbólica aos hansenianos e seus familiares.

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