Impacto da Injúria Renal Aguda no Paciente Crítico com Lesão Cerebral

• Processo: 23/14137-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2023
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2024
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: Lucia da Conceição Andrade
• Beneficiário: João Pedro Miranda Vieira Farias
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Lesões encefálicas Mortalidade Terapia de substituição renal Nefrologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: IRA - Injuria renal aguda | Kdigo | lesão cerebral | mortalidade | TCE - Traumatismo Cranioencefálico | Terapia renal substitutiva | Nefrologia

Resumo

O traumatismo cranioencefálico (TCE) é um desafio significativo de saúde pública, caracterizado por uma série de processos fisiopatológicos complexos que ocorrem após a lesão inicial. A lesão renal aguda (IRA) emerge como um importante fator agravante, devido ao seu potencial impacto no edema cerebral e no prognóstico global dos pacientes com TCE. Embora a maioria dos episódios de IRA associados ao TCE seja de natureza leve, a literatura sugere que apenas 2% dos casos requerem tratamento dialítico. Surpreendentemente, mesmo em casos leves, observa-se um aumento na mortalidade e na gravidade das sequelas neurológicas. A etiologia da IRA no TCE é multifatorial, envolvendo a liberação excessiva de catecolaminas, inflamação sistêmica, presença de comorbidades, uso de medicamentos para controle da pressão intracraniana, hipovolemia, rabdomiólise, entre outros fatores. Além disso, a determinação da verdadeira incidência da IRA no TCE é desafiadora devido à variação nos critérios de validação utilizados em estudos anteriores. Este estudo tem como objetivo analisar a incidência de lesão renal aguda em pacientes com TCE, incluindo casos isolados e não isolados, utilizando os critérios estabelecidos pelo KDIGO. Além disso, busca-se avaliar o impacto dessa complicação na mortalidade e nas sequelas neurológicas, bem como identificar os fatores de risco associados a essa condição.