Câncer de mama e gestação: Estudo do perfil metabolômico de placentas provenientes de mulheres diagnosticadas com câncer de mama durante a gestação. Avaliação dos efeitos do crescimento tumoral e da exposição ao tratamento quimioterápico.

• Processo: 24/00147-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2024
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia de Órgãos e Sistemas
• Pesquisador responsável: Laís Rosa Viana
• Beneficiário: Gabriela Fontana de Mesquita
• Instituição Sede: Instituto de Biologia (IB). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 21/08931-0 - Câncer e gestação: alterações proteômicas, transcriptômicas e metabolômicas na placenta de gestantes com câncer e ratas Wistar prenhas portadoras do tumor de Walker 256, AP.JP
• Assunto(s): Neoplasias mamárias Gravidez Metabolômica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Câncer de mama | gestação | Metabolomica | placentas | Ressonância Magnética Nuclear (RMN) | Tratamento Quimioterápico | Gravidez e Câncer

Resumo

A incidência de câncer durante a gestação está aumentando significativamente devido a idade materna avançada na primeira gestação. Esse quadro clínico representa um grande desafio terapêutico, uma vez que as saúdes materna e fetal/neonatal precisam ser consideradas. Nesse contexto, podem ocorrer alterações na placenta, que prejudicam a gestação e a saúde fetal. Essas alterações placentárias podem ser de origem multifatorial, como modificações a níveis transcricionais, protéicos e metabólicos. Porém, essas alterações ainda são desconhecidas, mesmo com a alta incidência de complicações, como restrição de crescimento intrauterino e parto prematuro. Sendo o parto prematuro, a principal causa de mortalidade neonatal e está associado com um aumento de até 75% de morbidade a longo prazo. Considerando que os mecanismos moleculares responsáveis pelas alterações da placenta quando essa é desenvolvida simultaneamente com o câncer são desconhecidos, não existem tratamentos para manter a saúde da placenta e do feto. Portanto, a elucidação dos mecanismos moleculares envolvidos na placenta pode trazer possibilidades para o desenvolvimento terapêutico futuro. Nesse sentido, o emprego de metodologias com características exploratórias e globais como as "ômicas" se faz necessário. Dentre as ômicas, a metabolômica é especialmente interessante uma vez que fornece dados acerca dos metabólitos gerados pelos processos celulares, refletindo assim o fenótipo do tecido alvo. Sendo assim, o objetivo desse trabalho é identificar o perfil metabolômico de placentas de mulheres com câncer de mama que receberam tratamento quimioterápico. Para isso, serão analisadas placentas dessas pacientes, com pareamento de placentas de gestações de risco habitual. Para esse estudo, serão utilizadas amostras já coletadas e armazenadas no biobanco de placentas do Hospital da Mulher Prof. Dr. J. A. Pinotti-Caism/Unicamp. Para as análises de metabolômica, os metabólitos serão extraídos e então analisados por meio da técnica de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) e a quantificação dos metabólitos será realizada pelo software Chenomx NMR Suite. O software Metaboanalyst 5.0 (https://www.metaboanalyst.ca/) será utilizado para a realização das análises estatísticas multivaridadas. Os dados serão selecionados com significância estatística de p <0,05 após ajuste para múltiplos testes.