A formação racial do homem novo: apropriações das teorias raciais pelos militantes anarquistas de São Paulo, na Primeira República

• Processo: 23/13950-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de agosto de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Educação - Tópicos Específicos de Educação
• Pesquisador responsável: Bruno Bontempi Júnior
• Beneficiário: Samira Martins
• Instituição Sede: Faculdade de Educação (FE). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Primeira República (1889-1930) Relações étnico-raciais São Paulo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: intelectuais da educação | Movimento operário anarquista | Primeira Republica | Relações étnico-raciais | São Paulo | Teorias científico-raciais | Historiografia da Educação

Resumo

A proposta desta pesquisa é investigar como os militantes anarquistas de São Paulo, nas primeiras décadas da República, apropriaram-se das teorias raciais para sustentar um projeto racial e educativo revolucionário para as classes trabalhadoras. Procura-se compreender como as diferenças humanas foram percebidas, construídas culturalmente e ressignificadas pelos militantes, apreender que hábitos e comportamentos visavam incutir ou desvalorizar. As fontes principais serão os jornais da imprensa anarquista de São Paulo, entre 1890 e 1930. A análise dos resultados será feita em diálogo com as contribuições teórico-metodológicas de E. P. Thompson e R. Williams. Investigarei a hipótese de que os militantes anarquistas, mediante sua experiência social no contexto de uma nascente economia industrial capitalista, construíram interpretações híbridas e plurais dos preceitos científico-raciais em circulação, com as quais formularam uma "pedagogia científico-racial", voltada à formação de uma "raça superior" anarquista.