Biodiversidade, evolução e biogeografia de peixes recifais negligenciados do Atlântico

• Processo: 23/12231-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2024
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Zoologia - Taxonomia dos Grupos Recentes
• Pesquisador responsável: Hudson Tercio Pinheiro
• Beneficiário: Gabriel Soares de Araujo
• Instituição Sede: Centro de Biologia Marinha (CEBIMAR). Universidade de São Paulo (USP). São Sebastião , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 19/24215-2 - Biodiversidade, biogeografia e conservação de ecossistemas recifais mesofóticos no Oceano Atlântico, AP.BTA.JP
• Assunto(s): Especiação Filogenia Filogeografia Genética Sistemática
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: conectividade genética | Especiação | Filogenia | Filogeografia | genética | Sistematica | Sistemática molecular e biogeografia

Resumo

Os ecossistemas recifais são um dos maiores repositórios de biodiversidade do planeta, abrigando cerca de 25% das espécies marinhas em menos de 1% da superfície dos oceanos. Um dos componentes mais conspícuos desta biota é a fauna de peixes recifais, representada por mais de 6.000 espécies de diferentes linhagens de Teleostei. Essa imensa riqueza de espécies se reflete em uma miríade de formas, cores, tamanhos e hábitos, tornando os peixes recifais um dos grupos marinhos mais populares. Entretanto, grande parte da ictiofauna recifal permanece desconhecida em termos de diversidade, evolução e biogeografia. Tal falta de conhecimento é enviesada para grupos taxonômicos e regiões geográficas específicas. Famílias recifais criptobentônicas são particularmente pouco estudadas. Devido aos seus atributos ecológicos (tamanho pequeno, estreita associação com o substrato bentônico e comportamento críptico), elas são subamostradas em pesquisas científicas. O componente geográfico se reflete em bolsões de lacunas de informação em regiões geográficas específicas, como na Província brasileira e suas ilhas oceânicas, onde a diversidade geral de peixes recifais ainda é pouco conhecida. Nesse contexto, esse projeto visa preencher as lacunas de conhecimento da ictiofauna recifal da Província brasileira, com ênfase (mas não exclusivamente) em espécies criptobentônicas, por meio de técnicas e análises genômicas modernas. Mais especificamente, a proposta é baseada nos seguintes objetivos principais: (1) gerar dados genéticos de peixes recifais brasileiros, com atenção especial para táxons e localidades tradicionalmente negligenciadas (i.e. espécies criptobentônicas e ilhas oceânicas); (2) reunir dados filogeográficos em um contexto comparativo e taxonomicamente diverso para reconhecer a dinâmica evolutiva entre a Província Brasileira e suas ilhas oceânicas; (3) examinar as origens históricas da ictiofauna recifal brasileira em um contexto macrobiogeográfico. Esta proposta tem o potencial de tornar a Província Brasileira em modelo para abordar temas de grande relevância no cenário científico, como macrobiogeografia, biogeografia de ilhas e evolução. A proposta também ampliará o escopo taxonômico/disciplinar do Centro de Pesquisa em Biodiversidade Marinha (NP-BioMar, sediado no CEBIMar), consolidando a plataforma de pesquisa sobre evolução e biogeografia de peixes recifais nesta instituição.