Busca avançada
Ano de início
Entree

O colágeno glicado como mecanismo subjacente da disfução endotelial no Diabetes

Processo: 24/02620-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2024
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2028
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Renato Simões Gaspar
Beneficiário:Samuel Duarte Maia
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:22/05750-7 - Mecanismos subjacentes da doença cardiovascular no Diabetes: o papel do colágeno glicado, AP.GR
Assunto(s):Fisiopatologia   Sistema cardiovascular   Diabetes mellitus   Colágeno   Endotélio   Glicação   Trombose   In vivo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:colageno | diabetes | endotélio | glicação | in vivo | Trombose | Fisiopatologia Cardiovascular

Resumo

O diabetes é uma fisiopatologia caracterizada pelo metabolismo defeituoso da glicose e é uma importante e crescente causa de mortalidade precoce no mundo. Tal cenário é preocupante visto que diabéticos estão em risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares devido, principalmente, a disfunção endotelial e formação de trombo que a hiperglicemia crônica tende a ocasionar. Além disso, o uso de medicamentos anti-hiperglicemiantes pouco contribui para a redução desse risco. Assim surge a hipótese de que a hiperglicemia crônica ocorrida antes do diagnóstico cause a glicação de macromoléculas de meia-vida longa na matriz vascular, e que tal alteração levaria à disfunção endotelial e formação de trombo. Tendo em vista isso, pretendemos avaliar se a glicação do colágeno tipo I é um mecanismo subjacente à disfunção endotelial e formação de trombo no diabetes. Para isso, nos experimentos in vitro, colágeno será exposto a diferentes concentrações de metilglioxal por 7 dias a 37 °C. Células endoteliais em cultura (HUVECs) serão deixadas para aderir em superfícies de colágeno glicado ou não-glicado. Realizaremos experimentos de adesão plaquetária a HUVECs, bem como exploraremos potenciais mecanismos relacionados à matriz extracelular. Tais achados serão traduzidos em experimentos in vivo, em que camundongos C57Bl de aproximadamente 8 semanas de vida serão induzidos a desenvolver diabetes através da injeção com estreptozotocina (i.p. 40mg/kg dissolvida em tampão citrato 0.1M pH4,5) ou veículo (tampão citrato). Após o desenvolvimento do diabetes os animais serão tratados com o inibidor de RAGE Azeliragon, ou um controle equiosmótico (0.01% DMSO) via gavagem oral durante 14 dias. Animais serão então eutanasiados, sangue e artéria serão coletados e sujeitos a avaliação de função plaquetária, reatividade vascular, imunofluorescência e western blotting. A hipótese do presente estudo considera que as células endoteliais aderidas ao colágeno glicado induzam a uma maior adesão plaquetária, favorecendo a disfunção vascular. É possível que tal mecanismo aumente o risco cardiovascular de pacientes diabéticos. Supomos que o colágeno glicado induzirá a ativação complementar do RAGE nas células endoteliais e isso aumentaria a disfunção vascular em camundongos diabéticos. Também esperamos que o Azeliragon, apesar de não reverter a glicação do colágeno, irá inibir os efeitos deletérios na reatividade e rigidez vascular que a possível coativação do RAGE irá causar. Elucidar tais questionamentos levantará novos mecanismos que expliquem o risco aumentado de DCV associado ao diabetes e abrirá portas para novas estratégias terapêuticas para reduzir o risco cardiovascular dos pacientes diabéticos. (AU)

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)