Consumo de alimentos ultraprocessados e sua associação com incidência de doenças inflamatórias intestinais na Coorte NutriNet Brasil.

• Processo: 23/18328-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2024
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Nutrição - Análise Nutricional de População
• Pesquisador responsável: Carlos Augusto Monteiro
• Beneficiário: Giovanna Calixto Andrade
• Instituição Sede: Faculdade de Saúde Pública (FSP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 22/05636-0 - Programa de estudos populacionais sobre consumo de alimentos ultraprocessados e saúde, AP.TEM
• Assunto(s): Alimentos ultraprocessados Consumo de alimentos Doenças inflamatórias intestinais Estudos longitudinais Fatores de risco Epidemiologia nutricional
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Alimentos ultraprocessados | Consumo de alimentos | doenças inflamatórias intestinais | Estudos longitudinais | Fatores de Risco | Epidemiologia nutricional

Resumo

Alimentos ultraprocessados (AUP) são definidos pela classificação Nova como formulações industriais de substâncias alimentícias e aditivos com pouco ou nenhum alimento integral. Revisões sistemáticas e meta-análises de estudos prospectivos em vários países mostram que o consumo de AUP está associado com o risco de várias doenças crônicas, incluindo doenças intestinais inflamatórias (DII). No Brasil, há estudos prospectivos que mostram a associação entre consumo de AUP e obesidade, hipertensão, dislipidemias e depressão, mas ainda não há estudos que relacionem aquele consumo com DII. Assim, o presente projeto tem como objetivo avaliar prospectivamente a associação entre o consumo de AUP e a incidência de DII no Brasil. Para tanto serão utilizados dados de estudo prospectivo (coorte NutriNet Brasil) que integra projeto temático FAPESP do NUPENS/USP onde o pós-doutorado será realizado. O recrutamento de participantes da coorte é contínuo e vem sendo realizado desde janeiro de 2020 por meio de convites divulgados por veículos de comunicação de massa de todo o país, redes sociais de influenciadores digitais e da própria coorte e cartazes afixados em unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Informações sobre hábitos de vida, estado de saúde e alimentação dos participantes são coletadas em uma plataforma digital por meio de questionários eletrônicos autopreenchidos. O consumo de AUP é avaliado por meio de recordatórios alimentares de 24 horas que foram delineados e validados para identificar o consumo de alimentos conforme critérios da classificação Nova (Nova24h). Os questionários sobre estado de saúde permitem identificar casos prevalentes e casos incidentes de três modalidades de DII: síndrome do cólon irritável (SCI), colite ulcerativa (CU) e doença de Crohn (DC). SCI é identificada pela escala de sintomas Roma III e CU e DC são identificadas pelo autorrelato de diagnóstico médico dessas condições. A associação entre consumo de AUP e a incidência de SCI, CU e DC será avaliada por meio de modelos multivariados de riscos proporcionais de Cox com ajuste para potenciais variáveis de confusão.