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Criminalidade e repressão social na aurora do século XX: o Gabinete de Identificação e Estatística e o Boletim Policial (RJ, 1907-1918)

Processo: 24/02254-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2024
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História do Brasil
Pesquisador responsável:Tania Regina de Luca
Beneficiário:Ana Beatriz Lima de Sousa
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
Assunto(s):Primeira República (1889-1930)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Boletim Policial | Gabinete de Identificação e Estatística | Primeira Republica | Repressão social | História do Brasil Republicano - Primeira República

Resumo

No início do século XX, o Rio de Janeiro, capital da República, passava por uma série de transformações demográficas, econômicas e sociais que elevaram exponencialmente as preocupações das elites em relação ao crime e aos pobres. Isso resultou no acirramento de políticas de repressão e policiamento a favor da segurança pública, com base em discursos cientificistas vigentes na Europa, como o determinismo biológico, que acreditou na tendência natural de indivíduos portadores de certos tipos físicos, psíquicos e sociais à cometerem crimes, tendências essas agravadas quanto mais degradante fosse o ambiente em que estavam inseridos. Assim, pobreza, mendicância, vícios e maus-costumes, muito associados a segmentos não-brancos da população, eram entendidos como biológicos e hereditários, de modo que, para estabelecer ordem social, os sujeitos portadores dessa herança deveriam, com a maior brevidade possível, serem identificados e tratados. Como mecanismo de apoio à repressão policial e em prol do reconhecimento dessas pessoas, foi criado, em 1903, o Gabinete de Identificação e Estatística, órgão que passou a ser responsável por registrar informações dos sujeitos com entrada nas delegacias de polícia em fichas criminais, levando em consideração, além do delito cometido, histórico familiar, características físicas e datiloscopia. A partir de 1907, o Gabinete passou a publicar o Boletim Policial, periódico responsável por relatar as atividades da instituição e noticiar sobre policiamento e evolução de investigações criminais. O presente trabalho propõe-se a analisar essa publicação, a fim de identificar como expressava intenções e mentalidade da época e, ainda, investigar a influência do Gabinete na história da repressão social, a maneira como essas atividades foram desenvolvidas no cotidiano e sua inserção nas estruturas da Primeira República.

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