Mudanças paleoclimáticas com base em registros isotópicos de espeleotemas e suas implicações na paleoecologia no sudeste da Bahia desde o Último Período Glacial

• Processo: 24/02865-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2024
• Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2028
• Área de conhecimento: Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geologia
• Pesquisador responsável: Francisco William da Cruz Junior
• Beneficiário: Nathalia Stadler
• Instituição Sede: Instituto de Geociências (IGC). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Espeleotemas Isótopos estáveis Paleotemperatura Zona de convergência do Atlântico Sul Geoquímica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: espeleotemas | isotopos estáveis | Paleoprecipitação | paleotemperatura | Zona de Convergência do Atlântico Sul | Geoquímica

Resumo

A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) é caracterizada por uma faixa de nebulosidade convectiva, de direção noroeste-sudeste, que se estende da Amazônia até o Atlântico subtropical, possuindo papel fundamental na distribuição pluviométrica da América do Sul. Sua atividade está associada à maior parte da precipitação vinculada ao Sistema de Monção da América do Sul (SMAS). Variações na intensidade e no posicionamento médio dessa importante feição climática afetam o padrão de distribuição de chuvas em todo Brasil, principalmente durante o verão austral. Os crescentes estudos paleoclimáticos com base em registros isotópicos de espeleotemas indicam um forte controle da insolação e da influência da temperatura da superfície do mar (TSM) nas precipitações associadas ao SMAS. No entanto, pouco se sabe sobre as mudanças paleoclimáticas, em especial variações na temperatura, em um dos mais importantes centros de endemismos conhecidos, a zona da Mata Atlântica na região sudeste do estado da Bahia. Pretende-se nessa proposta contribuir para o estabelecimento dos padrões de mudanças de paleoprecipitação, bem como de paleotemperatura, em regiões localizadas no domínio do bioma Mata Atlântica, com intuito de investigar a ocorrência de possíveis cenários climáticos favoráveis para dispersão de espécies, entre este bioma e a Floresta Amazônica, através de áreas atualmente cobertas pelo Cerrado ou Caatinga.