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Heidegger e a história do pensamento de Michel Foucault

Processo: 24/03741-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2024
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2028
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Pedro Paulo Garrido Pimenta
Beneficiário:Rodrigo de Oliveira Figueiredo
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Michel Foucault   Martin Heidegger   Pensamento   Práticas   Técnicas   Verdade   História da filosofia contemporânea
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Foucault | Heidegger | pensamento | Práticas | tecnicas | Verdade | História da Filosofia Contemporânea

Resumo

Esta pesquisa de doutorado pretende investigar o papel de Heidegger para a constituição da "história do pensamento" de Michel Foucault. Em um primeiro momento, me utilizo das leituras feitas por José Arthur Giannotti e Benedito Nunes sobre essa relação. Segundo eles, na mesma linhagem de Heidegger, para quem o desvelamento da verdade ocorre antes da verdade como enunciado, Foucault concebe o pensamento como informado por uma exterioridade, por uma verdade que é anterior à proposição - seja esta verdade chamada episteme, seja chamada práticas. Por meio da leitura conjunta de momentos selecionados de As palavras e as coisas, do segundo volume da História da sexualidade e de cursos dados por Foucault dos anos 80, o primeiro objetivo da tese será investigar em que medida essa leitura pode ser frutífera para a compreensão do pensamento de Michel Foucault. Em relação a Heidegger, os textos priorizados serão, a princípio, a conferência Sobre a essência da verdade e a Carta sobre o Humanismo.Em um segundo momento, tentarei mostrar como, ao mesmo tempo em que se utilizou de Heidegger para pensar as relações entre subjetividade e verdade, Foucault procurou se distanciar de formulações próprias do pensamento heideggeriano sobre o ser e a técnica, em um esforço de pensar as "técnicas de si" pelo viés da constituição de formas de subjetivação. Para isso, pretendo analisar principalmente dois pontos: 1) a maneira como Foucault expõe a sua pesquisa final como um estudo das formas pelas os quais o ser foi tomado como algo que poderia e deveria ser pensado; 2) o sentido da apresentação que ele faz, em retrospectiva, do seu fazer filosófico como um "trabalho crítico do pensamento sobre o próprio pensamento". Trata-se, por fim, de esboçar uma interpretação própria do empreendimento filosófico de Foucault. Pretendo mostrar o sentido da maneira como ele articula, nos seus últimos anos, as noções de "ontologia" e "presente" para caracterizar a sua história do pensamento. A "ontologia histórica de nós mesmos" buscaria, segundo Foucault, pensar o que somos hoje através de análises das relações entre as reflexões e as práticas no Ocidente. Nesta direção, o delineamento dessa história do pensamento será pensado como motivado pelo seguinte problema: poderia o exercício de pensar a própria história abrir espaço para outras formas de pensar - isto é, para outras formas de ser?

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