Análise da eficácia do fago recombinante-ZR8 no processo vacinal em camundongos infectados por S. brasiliensis

• Processo: 24/15557-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2024
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Microbiologia - Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
• Pesquisador responsável: Sandro Rogerio de Almeida
• Beneficiário: Paula Portella Della Terra
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 22/11944-9 - Esporotricose e Cromoblastomicose: desenvolvimento de vacinas baseadas em peptídeos imunogênicos e determinação de marcadores imunológicos de proteção, AP.TEM
• Assunto(s): Esporotricose Micologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: esporotricose | Micologia

Resumo

Desde 1998 a incidência de esporotricose em nosso país cresce exponencialmente com números alarmantes. Casos humanos da doença vinculados à transmissão zoonótica por felinos tem haviam sido descritos no Rio de Janeiro, estenderam-se para outras regiões do país como São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul caracterizando uma epidemia. Este surto está diretamente relacionado à espécie S. brasiliensis, que ocorre exclusivamente no Brasil e se dispersou para a Argentina, sendo a espécie mais virulenta e preocupante do clado clínico de Sporothrix. Esses dados reforçam a hipótese de que a esporotricose está fora de controle em nosso país e espalhando rapidamente para outros países. Portanto, a implementação de métodos de contenção da esporotricose, como uma vacina para felinos, são de suma importância na atualidade.Várias doenças foram erradicadas com o uso de vacinas e a falta de conhecimento sobre os mecanismos de proteção para o seu desenvolvimento contra fungos ainda é um desafio devido à complexidade genética dos fungos. Sendo assim, o presente projeto objetiva o desenvolvimento de uma vacina contra a esporotricose, utilizando um sistema de entrega de antígenos por fagos, que é reconhecido por promover uma forte resposta imune e por estabilizar o antígeno candidato vacinal. Utilizaremos o peptídeo ZR8, baseado na sequência da GP70, previamente identificado como protetor no modelo de infecção subcutânea murina por S. brasiliensis objetivando o desenvolvimento de uma vacina para os felinos. Ainda não há uma vacina eficiente contra a esporotricose, tornando pertinente a presente proposta para a avaliação da mesma contra o principal vetor da doença, que é relevante na epidemia vigente no país. Portanto, obtendo testes vacinais sem viés, e de alta cobertura, esperamos identificar um candidato vacinal que atinja em camundongos o nível satisfatório de proteção definido pela OMS, e assim, partir para a testagem em modelos felinos.