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Aspectos limitantes e viabilizadores da prevenção de eventos com o Sargassum em comunidades locais

Processo: 24/13680-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2024
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2024
Área de conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:Joao Adriano Rossignolo
Beneficiário:Leonardo Capeleto de Andrade
Instituição Sede: Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA). Universidade de São Paulo (USP). Pirassununga , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:23/12355-0 - Aumento da preparação local para as arribadas de Sargassum na Amazônia e Caribe Mexicano por meio do monitoramento e da economia azul, AP.R
Assunto(s):Monitoramento   Sargassum   Atenção à saúde
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Blue Economy | Comunidades Ribeirinhas | Mitigação de Riscos Ambientais | Monitoramento | Sargassum | Saúde humana | Mitigação de riscos sócioambientais

Resumo

O presente projeto de pós-doutorado busca a interação entre pesquisadores e comunidades locais na Costa Norte do Brasil, dado o prospecto de um aumento nos episódios de chegadas de Sargassum e os consequentes efeitos adversos desse fenômeno. No noroeste do Oceano Atlântico há uma região chamada "mar de sargassum", devido à presença de grandes quantidades dessa alga marinha. No entanto, nos últimos anos essas algas começaram a aparecer em regiões além do Mar de Sargassum, como na África Ocidental, no Caribe, na Flórida, no México e também passando pelo norte do Brasil. Essas ocorrências intensas de sargassum têm causado sérios impactos negativos nos setores socioeconômico e ecológico (FRANKS; JOHNSON; KO, 2016; SISSINI et al., 2017; GOWER; KING, 2019; MACHADO et al., 2022). A presença de sargassum em regiões costeiras pode afetar a população devido à decomposição da biomassa que pode gerar gases tóxicos causando efeitos nocivos à saúde humana (amônia, sulfeto de hidrogênio e metano), além de influenciar as atividades turísticas, a pesca e comprometer o equilíbrio do ambiente marinho (SOLARIN et al., 2014; RODRÍGUEZ-MARTÍNEZ et al., 2020; VAN TUSSENBROEK et al., 2017; RESIERE et al., 2018; WANG et al., 2019). Especificamente no Brasil, o aparecimento de algas do tipo pelágico tem se tornado constante desde 2011 nas regiões norte e nordeste do país (SISSINI et al., 2017). Na praia de Atalaia, no Pará, houve uma chegada dessa biomassa em 2014 (30 toneladas) e 2015 (120 toneladas), e o governo municipal optou por remover parte da biomassa com a ajuda de caminhões, para minimizar danos ao turismo. Em maio de 2014, os fenômenos de lavagem de algas também ocorreram em três praias diferentes no município de Salinópolis, na costa nordeste do estado do Pará. Após a coleta pelos caminhões, o peso úmido dessa biomassa foi estimado em 200 toneladas (MARTINELLI FILHO, 2015). Em 2015, também foram registradas chegadas de algas no Plano de Atividades na costa do nordeste do Brasil, especificamente no Atol das Rocas (RN), Arquipélago de São Pedro e São Paulo (PE) e Fernando de Noronha (PE) (SISSINI et al., 2017). A aparição mais recente ocorreu no Estado do Maranhão em maio de 2021, com uma extensão de cerca de 4 km e uma massa estimada em 200 toneladas. A perspectiva é que o influxo de Sargassum continue com as mudanças climáticas, agravando problemas econômicos, ecológicos e de saúde. Atualmente, não há um sistema de gestão em vigor para aumentar a preparação local para os arribamentos de Sargassum e coordenar a coleta segura pelas comunidades locais, reduzindo seus efeitos negativos. O projeto prevê a co-criação de uma estrutura holística de gestão de Sargassum, um protocolo para aumentar a conscientização da comunidade e o desenvolvimento de esforços de gestão e exploração de modelos de economia circular baseados em Sargassum liderados localmente, apoiando os meios de subsistência, justiça de gênero e saúde dos ecossistemas. Para tanto, propõe uma série de ações, seja em nível laboratorial para dar destino aos resíduos, transformando-os em produtos comercializáveis, seja dentro da comunidade, fornecendo informações e treinamento para o monitoramento, manuseio e descarte dessa biomassa, junto a pescadores, líderes comunitários e escolas. Portanto, este projeto propõe uma avaliação concomitante de cada uma das quatro frentes de ações propostas, que visam reduzir o impacto negativo da ocorrência de Sargassum nas comunidades locais. Essa avaliação será realizada através da construção de uma série de indicadores a serem desenvolvidos, a fim de gerar dados relativos à eficácia e replicabilidade das ações.

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