Busca avançada
Ano de início
Entree

Memória transcricional e resistência a drogas na Leucemia Linfóide Aguda pediátrica

Processo: 24/03383-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2024
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:José Andrés Yunes
Beneficiário:Manuella Munuera Hoff
Instituição Sede: Centro Infantil de Investigações Hematológicas Dr Domingos A Boldrini (CIB). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Biologia molecular   Oncologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Biologia molecular | Leucemia linfóide aguda pediátrica | Memória transcricional | Oncologia | Oncologia

Resumo

A leucemia linfoide aguda (LLA) é o principal câncer que acomete indivíduos em idade pediátrica. Apesar das altas taxas de cura alcançadas nas últimas décadas, e mesmo com grande esforço na busca por novas estratégias terapêuticas, aproximadamente 20 a 30% dos casos recaem da doença, as quais decorrem da resistência aos quimioterápicos. Embora alguns subgrupos genéticos da LLA estejam associados a um perfil peculiar de resistência/sensibilidade às drogas, tem sido difícil desvendar e suplantar os mecanismos de resistência aos quimioterápicos. Estudo recente com single cell NGS mostrou que a evolução do clone resistente não se dá por um processo de seleção Darwiniana, em que a quimioterapia selecionaria um subclone genético diferente, mais resistente ao tratamento. Descobriu-se que as células de LLA transitam ou se encontram em diferentes estados de perfis transcricionais. A quimioterapia, aparentemente, seleciona células em um estado transcricional pré-existente, caracterizado pela baixa expressão das vias de MYC e E2F. Descobriu-se também que as células selecionadas sob ação da quimioterapia apresentam maior expressão de EZH2 e DNMT3A/B, fatores que atuam na metilação de histona e DNA, respectivamente. Estes achados sugerem que a evolução da resistência a drogas na LLA se dá em nível transcricional, fixando-se depois por meio de mecanismo epigenético. Mecanismos análogos têm sido descritos em outros organismos uni e pluricelulares que, quando desafiados sequencialmente por algum tipo de estresse, respondem de tal forma que revelam haver adquirido uma "memória transcricional" do mesmo. Neste projeto, pretendemos gerar recaídas de LLA em camundongo, a partir de amostras do diagnóstico de 5 casos de LLA com boa resposta clínica e 5 casos de LLA de mal respondedoras. Os camundongos serão tratados com combinação de vincristina (V), dexametasona (X), l-asparaginase (L) e daunorrubicina (D) por tempo limitado. Amostras de LLA de "recaída", i.e. que surgirem após os blocos de tratamento, serão coletadas e caracterizadas quanto à resistência in vitro frente a V, X, L e D. Quando constatado o aumento de resistência a um dos 4 quimioterápicos, testaremos também o perfil de resistência a 61 drogas oncológicas. O transcriptoma das amostras de recaída será comparado ao de amostras controle pareadas, i.e. mesma LLA mantida em camundongos não tratados. Depois, compararemos os 5 casos bons respondedores aos mau respondendores. Espera-se caracterizar a evolução transcricional e farmacológica da LLA frente à quimioterapia, contribuindo para determinar se há formação de memória transcricional e se esta é maior ou mais frequente nas LLA mau respondedoras, ao mesmo tempo em que espera-se caracterizar o perfil transcriptômico da resistência ao tratamento.

Matéria(s) publicada(s) na Agência FAPESP sobre a bolsa:
Mais itensMenos itens
Matéria(s) publicada(s) em Outras Mídias ( ):
Mais itensMenos itens
VEICULO: TITULO (DATA)
VEICULO: TITULO (DATA)