Reconstituição de mudanças no sistema carbonato em águas intermediárias do Atlântico Sudoeste nos últimos 25 mil anos a partir da calibração e aplicação de um novo proxy baseado em nanofósseis calcários

• Processo: 24/16858-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2027
• Área de conhecimento: Ciências Exatas e da Terra - Oceanografia - Oceanografia Geológica
• Pesquisador responsável: Renata Hanae Nagai
• Beneficiário: Amanda Gerotto
• Instituição Sede: Instituto Oceanográfico (IO). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 20/14356-5 - A Bifurcação de Santos: presente e passado, AP.PFPMCG.TEM
• Assunto(s): Região hidrográfica do Atlântico Sudeste Calibração Último máximo glacial Paleoceanografia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Águas intermediarias | Atlântico Sudoeste | Calibração | Cocolitos | Sistema Carbonato | Ultimo Maximo Glacial | Paleoceanografia

Resumo

Compreender as variações dos parâmetros biogeoquímicos do oceano que controlam os fluxos de dióxido de carbono (CO2) entre oceano e atmosfera é fundamental para esclarecer o papel dos oceanos no controle climático. O íon carbonato (CO32-) tem implicações profundas neste balanço, pois determina a saturação de carbonato da água do mar e, portanto, a preservação e dissolução do carbonato. As massas de água geradas no Hemisfério Sul, como a Água Intermediária Antártica apresentam importante papel na Circulação de Revolvimento Meridional do Atlântico com impactos na concentração de carbonato [CO32-] da água do mar desde o Último Máximo Glacial. O presente projeto tem como objetivo avaliar mudanças no sistema carbonato no Atlântico Sudoeste associadas a mudanças na circulação nos últimos 25 mil anos. Para isto, será realizada a calibração e aplicação do fator de forma ks, obtido a partir de atributos morfológicos de nanofósseis calcários e suas relações com parâmetros do sistema carbonato (alcalinidade total, dióxido de carbono total, pH, e saturação da calcita) de amostras superficiais coletadas entre os paralelos 23°S e 28°S nas profundidades de 700 a 2400 m. Essas relações serão avaliadas por meio de uma análise de redundância e, posteriormente, o fator ks normalizado será aplicado em um registro sedimentar coletado na mesma região. Este projeto contribuirá significativamente para melhorar a compreensão da dinâmica do ciclo do carbonato no Atlântico Sudoeste e seu papel na regulação do CO2 atmosférico, além de fornecer dados cruciais sobre as variações na circulação oceânica e suas interações com as mudanças climáticas globais ao longo do tempo.