OS FILHOS QUE QUEREMOS: família, relações de gênero e emoções entre mulheres com crianças diagnosticadas com autismo

• Processo: 23/16891-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2025
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2027
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia
• Pesquisador responsável: Joice Melo Vieira
• Beneficiário: Marcos Paulo Magalhães de Figueiredo
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Transtorno autístico Família Gênero Mães
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: autismo | familia | Gênero | mães | Socialidades | Família e Gênero; Antropologia da Saúde; Antropologia das Emoções

Resumo

Destarte de ser algo imutável, os contornos classificatórios do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA)/autismo é um produto cultural, fruto de embates políticos e sociais, envolvendo sortidos atores. Uma criança ao ser diagnosticada como autista suscita mudanças no seio familiar. Tais mudanças atingem sobretudo, mas não unicamente, as mães. Há um novo esquadrinhar quanto às idealizações do futuro da criança, carreira profissional dos responsáveis parentais e dos laços de parentesco. Assim, pode-se inferir que o diagnóstico de autismo é um turning point na vida das mães, ou seja, um acontecimento abrupto que redefine todo o curso de vida das pessoas envolvidas. Este projeto de pesquisa visa investigar como gênero e socialidades agenciam uma possível coprodução de maternidade e crianças autistas por meio das práticas de cuidado. Tal coprodução será analisada a partir de quatro frentes: família e gênero; ciência; emoções e política. A pesquisa irá ocorrer na conurbação de Teresina-PI e Timon-MA, a partir da observação participante e aplicação de entrevistas com mulheres das camadas médias e populares. A hipótese inicial é que por meio das práticas sociais de cuidado a mãe busque adequar a si mesma, e a criança, em uma gramática cultural e em um ideário de curso de vida vigentes.