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Las bien portadas: Representações das mulheres na imprensa feminina falangista Medina (1941-1945)

Processo: 24/19120-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
Pesquisador responsável:Francisco Carlos Palomanes Martinho
Beneficiário:Gabriela Rocha de Oliveira
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Franquismo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Franquismo | Imprensa feminina | Representações de gênero | Sección Femenina | História das Relações de Gênero

Resumo

O projeto de pesquisa proposto se insere no campo da História das Relações de Gênero e possui como base empírica a revista Medina (1941-1945), editada pela Sección Femenina da Falange Española Tradicionalista y de las J.O.N.S. O estudo se propõe a analisar os discursos desse título da imprensa feminina, identificar as representações das mulheres mobilizadas em suas páginas e como essas eram difundidas. A hipótese da qual partimos é que o periódico apresentava um discurso naturalizador dos papéis de gênero, em que se valorizava a essência feminina espanhola de submissão, ao mesmo tempo que ensinava às leitoras como portar-se na Espanha de Franco e acima de tudo, como ser mulher. Assim, mais do que legitimar o sistema patriarcal, os arquétipos de mulher apresentados em Medina corroboravam a vitória franquista ao se contrapor às representações das mulheres "rojas" republicanas e ao imprimir os valores e a estética do novo Estado. Entretanto, os modelos de feminilidade difundidos por Medina encontraram tensões fora do papel, uma vez que a realidade de miséria e reconstrução após a Guerra Civil exigia, principalmente das mulheres pobres, o trabalho para além do âmbito doméstico. Para verificar essa hipótese, analisaremos o discurso dos editoriais e matérias especiais dos 247 números da revista, de forma a identificar como as mulheres eram retratadas nessa imprensa e averiguar se as representações conformam um ou mais modelos de mulher no decorrer de seus quatro anos de publicação. Esperamos, ao fim da pesquisa, mais do que comprovar ou não a hipótese inicial, contribuir para a compreensão do papel esperado da mulher em governos autoritários e notabilizar as contradições que atravessam os discursos em sua prática.

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