Avaliação do inseticida sulfoxaflor na abelha sem ferrão Melipona quadrifasciata: uma abordagem ômica

• Processo: 24/07119-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2024
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2028
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Zoologia - Zoologia Aplicada
• Pesquisador responsável: Milene Ferro
• Beneficiário: Lucas Miotelo
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Rio Claro. Rio Claro , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 21/10639-5 - Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças do Clima, AP.CEPID
• Assunto(s): Abelhas-sem-ferrão Destoxificação Microbiota Sequenciamento Transcriptoma Ecotoxicologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: abelha sem ferrão | destoxificação | Microbioma | Montagem de novo | sequenciamento | Transcriptoma | Ecotoxicologia

Resumo

O declínio das abelhas é uma problemática ambiental que vem sendo estudada ao longo das últimas décadas. Dentre as ações antropogênicas, o uso de agrotóxicos é apontado como uma das principais causas da morte inesperada de abelhas. Todos os anos, novos inseticidas são liberados, além de ocorrerem restrições ou banimentos de moléculas em uso. O sulfoxaflor é um inseticida que tem como premissa substituir os neonicotinoides devido à promessa de ser menos tóxico. Apesar da ausência de estudos que avaliem os efeitos do sulfoxaflor em abelhas sem ferrão, esse inseticida já está disponível para uso. Considerando o atual cenário, o presente estudo tem por objetivo avaliar o transcriptoma dos cérebros, intestinos e túbulos de Malpighi da abelha sem ferrão Melipona quadrifasciata expostas ao sulfoxaflor. Além disso, considerando que a microbiota das abelhas pode contribuir com processos de destoxificação de xenobióticos, o presente estudo também irá analisar a microbiota bacteriana dos intestinos. Dessa forma, serão extraídos o RNA e o DNA total dos órgãos expostos à duas doses subletais (DL50/10 e DL50/100) após 48 horas de exposição e estas amostras serão enviadas para sequenciamento na plataforma Illumina. Os dados obtidos serão analisados usando ferramentas de bioinformática para identificação dos genes diferencialmente expressos entre os tecidos estudados e doses subletais. Além disso, as bibliotecas de metabarcoding 16S mostrarão a composição taxonômica de bactérias presentes no intestino. Essas análises contribuirão para a descoberta de genes e possíveis rotas metabólicas utilizadas por M. quadrifasciata quando exposta ao sulfoxaflor, bem como irá verificar alterações na microbiota intestinal em decorrência da exposição ao inseticida. Os resultados deste projeto poderão subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas relacionadas ao sulfoxaflor, com base nos efeitos subletais observados em uma abelha sem ferrão nativa do Brasil.